Michael Jackson quis interpretar James Bond no cinema.
Esta é uma das muitas revelações sumarentas na autobiografia de Michael Ovitz, que foi um dos agentes mais famosos de Hollywood entre 1975 e 1995, antes de avançar para uma curta liderança da Disney.
O rei da pop estava determinado em ter a oportunidade de ser o 007 e por isso marcou uma reunião na sua casa com Ovitz e o seu sócio da época, Ron Meyer (futuro presidente dos estúdios de cinema da Universal).
Pelo relato, isto terá acontecido a meio dos anos 80, quando Roger Moore se preparava para reformar da personagem e antes de Timothy Dalton ser anunciado oficialmente como o seu sucessor.
Durante o encontro, Michael Jackson estava a falar quando, de repente, o seu chapéu caiu em cheio num prato cheio de guacamole.
"Ele apanhou-o e voltou a colocá-lo na cabeça. Infelizmente, com um bocado de guacamole, que começou a escorregar até à borda. O Ron Meyer bateu na minha perna para chamar a atenção e ficámos a olhar com horrorizado fascínio como aquilo deslizava cada vez mais para baixo enquanto o Michael nos estava a tentar convencer com grande convicção que era o próximo grande herói de ação americano", escreveu Ovitz.
Segundo o relato, o guacamole acabou mesmo por cair e os dois não conseguiram aguentar, começando a rir às gargalhadas. Michael Jackson acabou por sair da sala.
Ovitz teve de ir atrás para controlar os estragos e foi nessa altura que descobriu qual o papel específico em que o artista estava a pensar.
"Encontrei-o e expliquei durante 15 minutos que não nos estávamos a rir dele, mas do que tinha acontecido. Finalmente, o rosto do Michael deixou de ficar tenso. 'OK, Ovitz. OK', disse ele. 'Mas quero ser o James Bond'", recordou o agente.
"Tenho orgulho de dizer que desta vez não me ri", acrescentou.
Michael Ovitz acabou por dizer a Jackson que ele podia não ser a pessoa mais indicada: "És magro, demasiado sensível, não serás credível como um bloco de pedra. Claro que serias excelente no papel, mas seria mau para ti".
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