“Reconhecido internacionalmente, Alain Tanner foi uma das figuras-farol do cinema suíço e esteve na origem do novo cinema suíço nos anos de 1970, na companhia dos seus colegas Michel Soutter, Claude Goretta, Jean-Louis Roy e Jean-Jacques Lagrange”, escreveu a associação num comunicado divulgado “em concertação com a sua [de Alain Tanner] família”.
O “Grupo dos Cinco” suscitou uma renovação da sétima arte helvética, refletindo o espírito de inconformismo da época.
“Carlos, Morto ou Vivo”, a primeira longa-metragem, estreada em 1969, de Alain Tanner, marca o início do cinema politicamente comprometido na Suíça.
O filme, que conta a história de um homem de negócios que decide abandonar a vida capitalista tradicional para levar uma existência à margem da sociedade, num momento em que as manifestações de estudantes estavam ao rubro, conquistou o primeiro prémio do festival de Locarno.
Entre as suas obras mais conhecidas estão “A Salamandra”, “Jonas que Terá 25 Anos no Ano 2000” e “Os Anos de Luz”, que conquistou o Grande Prémio Especial do Júri no Festival de Cannes de 1981.
“A Cidade Branca”, filmado em Lisboa e protagonizado por Bruno Ganz e Teresa Madruga, foi nomeado para o Urso de Ouro do Festival de Berlim, em 1983, e vencedor do César para o Melhor Filme Estrangeiro, em 1984. Um dos filmes que captaram de forma mais singular a luz da capital portuguesa, contou com direção de fotografia de Acácio de Almeida.
Com um total de mais de 20 filmes, Alain Tanner começou a sua carreira no final dos anos 1950.
De acordo com o site da Associação Alain Tanner, o realizador afirmou que se considerava sortudo por ter vivido naquela época.
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