A diretora do Festróia, Festival Internacional de Cinema de Tróia, Fernanda Silva, morreu na quarta-feira, aos 59 anos, informou a Associação Cultural do festival através da sua página na rede social Facebook.

De acordo com a nota publicada, a diretora fez em abril uma das suas últimas aparições públicas, aquando da inauguração da sala Mário Ventura e Fernanda Silva, na escola secundária Lima de Freiras, em Setúbal, equipamento que integra o Plano Nacional de Cinema.

O corpo de Fernanda Silva vai estar a partir das 18h30 de hoje na capela de São Paulo, em Setúbal, realizando-se o funeral na sexta-feira, pelas 11:30, no Cemitério da Paz.

Fernanda Silva era formada em Relações Públicas e Administração, tendo iniciado a sua vida profissional como assistente da administração do Complexo Turístico de Tróia.

Em 1988, entrou para a organização do Festival Internacional de Cinema de Tróia, três anos depois da sua criação por Mário Ventura Henriques. Ocupou diversos cargos antes de se tornar diretora do Festival em 1995, cargo que ocupou até à 30.ª última edição do Festróia, em 2014.

No início de março de 2015, e ao fim de 30 anos de festival, a diretora do Festróia explicava à Lusa o cancelamento da edição por falta de verbas “para fazer um festival digno”.

Fernanda Silva foi em junho de 2006 a primeira figura do mundo institucional do cinema português a ser convidada para pertencer à Academia Europeia de Cinema (EFA), passando a ter direito de voto na eleição anual dos melhores filmes europeus.

Foi igualmente membro de júris internacionais em variados festivais de cinema, como San Sebastián (Espanha), Veneza (Itália), Karlovy Vary (República Checa) ou Mumbai (Índia), entre outros.

Entre 2001 e 2003 foi membro do Conselho de Administração da Coordenação Europeia de Festivais e, entre 2007 e 2009, integrou o Conselho de Administração da Confederação Internacional dos Cinemas de Arte e Ensaio (CICAE).