O cineasta José Luis Cuerda, autor de filmes considerados clássicos do cinema espanhol como “Amanece que no es poco” (1989) e “La lengua de las mariposas” (1999), morreu esta terça-feira (4), anunciou a Academia de Cinema.
“Morreu o realizador, argumentista, produtor e escritor José Luis Cuerda, responsável por títulos como ‘Amanece que no es poco’ e ‘El bosque animado’, além de vencedor de dois Prémios Goya”, escreveu a Academia nas redes sociais.
O cineasta, com uma carreira prolífica de quinze filmes em quatro décadas, tinha 72 anos.
O grande público em Espanha conheceu-o com “El bosque animado”, uma adaptação do romance homónimo de Wenceslao Fernández Flórez, que ganhou cinco prémios Goya em 1988, a distinção máxima do cinema espanhol, incluindo o de Melhor Filme.
“O que escrevo geralmente é cheio de ocorrências que podem parecer tolices, mas que nascem do que acontece; elas são tão reais quanto a própria realidade”, afirmou o cineasta ao jornal El País.
“La lengua de las mariposas”, uma história emocionante entre uma criança e o seu professor peculiar (Fernado Fernán Gómez) na Galiza em 1936, recebeu treze nomeações para os Goya em 2000, embora só tenha ganhado o prémio por Melhor Argumento Adaptado.
Mais tarde, dirigiu filmes como “A Educação das Fadas” (2006) e “Os Girassóis Cegos” (2008), com o qual também ganhou o Goya de Melhor Argumento Adaptado.
O seu último filme foi "Tiempo después", estreado em dezembro de 2018 e definido pelo realizador como uma sequela de "Amanece que no es poco".
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