O ator morreu no sábado, vítima de “complicações inesperadas” após uma breve hospitalização num centro médico da Universidade da Califórnia, segundo o TMZ, portal especializado em notícias sobre celebridades.

Nascido em Brooklyn (Nova Iorque) a 20 de junho de 1928, Landau trabalhou como ilustrador e cartunista no "New York Daily News" antes de começar a carreira de ator.

Influenciado pela obra de Charlie Chaplin, estudou no mítico Actors Studio, tornando-se colega de classe de Steve McQueen e amigo próximo de James Dean. Fez a sua estreia na Broadway em 1957 e teve o seu primeiro papel importante no cinema logo em 1959, e pela porta grande: "Intriga Internacional", às ordens de Alfred Hitchcock, onde interpretava um mau da fita subtilmente homossexual, parceiro de James Mason e em luta com Cary Grant.

Seguiram-se papéis secundários em "Cleópatra", "A Maior História do Mundo", "Sem Talento para Matar" ou "Nevada Smith", mas foi na emergente televisão que mais deixou a sua marca por essa época. Para o pequeno ecrã, surgiu em episódios de praticamente todas as séries populares da altura, como "Bonanza", "Os Intocáveis", "O Homem da Carabina", "Wagon Train", "Os Defensores", "Hitchcok Apresenta" ou "Rawhide".

A sua popularidade disparou finalmente em meados dos anos 60, quando se tornou um dos protagonistas da popularíssima série televisiva "Missão Impossível", no papel do mestre do disfarce Rollin Hand, que protagonizou juntamente com a mulher na altura, Barbara Bain.

Em 1975, o casal voltou a protagonizar uma série no grande ecrã, desta vez de ficção-científica: "Espaço: 1999", em que Landau interpretava John Koenig, o comandante da Base Lunar Alfa.

Martin Landau em Crimes e Escapadelas (1989)

Landau viu a sua carreira renascer no cinema no final dos anos 90: em 1989, foi nomeado ao Óscar de Melhor Ator Secundário por "Tucker: O Homem e o Seu Sonho", de Francis Ford Coppola, que lhe valeu também o Globo de Ouro, e no ano seguinte conquistou outra nomeação por "Crimes e Escapadelas", um dos filmes mais elogiados de Woody Allen.

Em 1994, a interpretação de Bela Lugosi no filme "Ed Wood", de Tim Burton, valeu-lhe finalmente o Óscar de Melhor Ator Secundário (1995), assim como outro Globo de Ouro e o troféu do Sindicato dos Atores.

A partir daí, foi continuando sempre a fazer pequenos papéis, em filmes como "Majestic", "City Hall - A Sombra da Corrupção" ou "Homicídio em Hollywood", mas foi no pequeno ecrã que mais voltou a brilhar, na série "Sem Rasto", onde interpreta o pai do protagonista, Anthony LaPaglia, que sofre de Alzheimer, e que lhe valeu uma nomeação ao Emmy.

Veja o genérico da série "Espaço 1999":