A terceira edição da Mostra de Cinema do Brasil, prevista para começar hoje (21) em sistema 'drive-in', na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa, foi adiada para a próxima semana, devido ao mau tempo provocado pela depressão Bárbara.
A mostra de filmes de realizadores brasileiros será exibida apenas na próxima semana, de 28 de Outubro a 1 de Novembro, no drive-in da Fábrica Braço de Prata, em Marvila, abrindo com “A vida invisível”, de Karim Ainouz, distinguido em Cannes, no ano passado, divulgou a fábrica.
Contrariamente às anteriores edições, apresentadas no Cinema São Jorge, este ano a Mostra de Cinema do Brasil em Lisboa vai decorrer ao ar livre, cumprindo as orientações de segurança da Direção-Geral da Saúde, devido à pandemia.
Neste festival serão exibidas nove produções brasileiras contemporâneas, entre as quais “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles.
Esta longa-metragem foi a grande vencedora do Prémio do Júri no Festival de Cannes de 2019, e conta com um elenco formado por Sonia Braga, Udo Kier, Barbara Colen, Silverio Pereira, entre outros.
Outro premiado em Cannes foi o filme que abre esta mostra, “A vida invisível”, de Karim Ainouz, distinguido com o prémio Un Certain Regard 2019, e que relata a vida de duas irmãs no Rio de Janeiro dos anos 1940, contando com as interpretações de Fernanda Montenegro, Carol Duarte e Gregório Duvivier.
O filme que fecha o festival chama-se “10 Segundos para Vencer”, e é um drama biográfico sobre a história de Éder Jofre, considerado um dos 10 maiores pugilistas de todos os tempos, realizado por José Alvarenga Jr. e interpretado por Daniel Oliveira.
Durante os cinco dias de mostra, passam ainda pelo cinema “Chacrinha”, de Andrucha Waddington, uma 'cinebiografia' de Abelardo Barbosa, um dos maiores apresentadores da televisão brasileira, protagonizada por Stepan Nercessian; “Minha Vida em Marte”, de Susana Garcia, com Paulo Gustavo e Monica Martelli no elenco; e “A Febre”, Maya Da-Rin, filme galardoado com três prémios no Festival de Locarno, em 2019, e vencedor da competição internacional do festival IndieLisboa 2020, que relata a história de um índio de Manaus que vive há 20 anos na grande cidade, e passa a trabalhar como segurança de um porto.
Para o argumento de "A Febre", a realizadora Maya Da-Rin contou com o investigador Pedro Cesarino, vencedor do Prémio Jabuti de Ciências Humanas, que viveu com o povo Marubo, do Amazonas, e com o cineasta português Miguel Seabra Lopes, autor e coautor de filmes como "Num País Estrangeiro", "Talvez Deserto, Talvez Universo" e "O Tejo de Alves Redol".
Completam a mostra o documentário “Dorival Caymmi”, de Daniela Broitman, sobre um dos maiores artistas da história da música brasileira, a comédia dramática “Como é Cruel Viver Assim”, de Julia Resende, com Marcelo Valle, Fabíula Nascimento e Débora Lamm, e “Hebe – A Estrela do Brasil”, de Maurício Farias, com Andrea Beltrão, Marco Ricca e Danton Mello.
Pela sua interpretação neste drama biográfico, Andrea Beltrão está nomeada para o Emmy Internacional 2020 e foi consagrada como melhor atriz do Grande Prémio do Cinema Brasileiro 2020.
A Mostra é realizada pela Embaixada do Brasil em Lisboa, em parceria com a Linhas Produções Culturais.
As sessões de cinema ‘drive-in’ na Fábrica Braço de Prata podem incluir refeição, paga à parte.
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