A Academia de Artes e de Ciências Cinematográficas, organizadora dos Óscares, publicou na segunda-feira a lista de 76 países submetidos ao comité de seleção, mais cinco que no ano anterior e um verdadeiro recorde. Este órgão reduzirá a lista a uma dezena de candidatos, antes de escolher os cinco filmes nomeados para a ambicionada estatueta. Entre os países que se candidataram pela primeira vez ao troféu contam-se a Moldávia, a Arábia Saudita e Montenegro, pela primeira vez como país independente.
O filme
«Linhas de Wellington», da realizadora chilena Valeria Sarmiento, é o candidato de Portugal a uma nomeação para melhor filme estrangeiro dos Óscares, conforme anunciado em setembro pela Academia Portuguesa de Cinema. Produzido por Paulo Branco e rodado no nosso país, o filme recria um episódio da História de Portugal, a terceira invasão francesa no começo do século XIX, quando o general Arthur Wellesley, duque de Wellington, liderou um exército anglo-português e utilizou uma linha de fortificações que protegia Lisboa - as Linhas de Torres Vedras.
Com argumento de Carlos Saboga, a longa-metragem é também um fresco social sobre aquela época, acompanhando, em vários momentos, histórias individuais de pessoas de diferentes estratos sociais, que se vão cruzando na narrativa, à medida que as tropas francesas tentam avançar no terreno.
Entre os candidatos mais conhecidos estão
«A Caça», de
Thomas Vinterberg, pela Dinamarca,
«The Grandmaster», de
Wong Kar-Wai, por Hong Kong,
«Renoir», de
Gilles Bourdos, pela França, «The Past», do já oscarizado
Asghar Farhadi pelo Irão, «La Grande Bellezza», de
Paolo Sorrentino, pela Itália, e
«La Vie d'Adele: Chapitres 1 et 2», de
Abdellatif Kechiche, que ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes.
A 86.ª cerimónia de entrega dos Oscares realiza-se a 2 de março no Dolby Theatre, em Hollywood. As nomeações serão anunciadas a 16 de janeiro.
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