O novo filme de
Nanni Moretti,
«Habemus Papam - Temos Papa» é o melhor filme de 2011 de acordo com a revista
«Cahiers du Cinema», mas logo em segundo lugar surge um filme português, o mais recente de
Manoel de Oliveira,
«O Estranho Caso de Angélica», empatado com
«A Árvore da Vida», de
Terrence Malick. Seguem-se no Top 10 «Hors Satan», de
Bruno Dumont,
«Essential Killing - Matar para Viver», de
Jerzy Skolimowski,
«Melancolia», de
Lars von Trier, «Un Été Brûlant», de
Philippe Garrel,
«Super 8», de
J.J. Abrams,
«Apollonide - Memórias de Um Bordel», de
Bertrand Bonello, e
«O Atalho», de
Kelly Reichardt.
Este é o quarto ano consecutivo em que um filme português figura nos Top 10 do ano da «Cahiers du Cinema». Em 2010
«Morrer como Um Homem», de
João Pedro Rodrigues, ficou na sétima posição, em 2009
«Singularidades de uma Rapariga Loura» ficou na quinta e em 2008
«Juventude em Marcha», de
Pedro Costa subiu ao segundo lugar.
A «Cahiers du Cinema» é uma das mais importantes revistas de cinema e logo em 1951, o primeiro ano da sua publicação, publicou o seu Top 10 dos filmes estreados esse ano. Esse hábito foi desaparecendo e ressurgindo ao longo dos anos seguintes, e manteve-se quase ininterruptamente a partir da década de 80.
Portugal, muitas vezes por via de Manoel de Oliveira, tem feito parte recorrente dessas listas. A primeira vez que o nosso país figurou no Top 10 foi precisamente pela mão do cineasta portuense, em 1981, e logo na primeira posição, como melhor filme do ano, com
«Francisca». Em 1987,
«Um Adeus Português», de
João Botelho, figurou na 10ª posição, em 1989
«Os Canibais», de Oliveira, ficou na quinta, posição que o realizador manteve no ano seguinte com
«Non ou a Vã Glória de Mandar», em 1993 Oliveira ascendeu à segunda posição com
«Vale Abraão», e em 1996
«A Comédia de Deus», de
João César Monteiro, conquistou o quinto lugar.
Em 1998, Portugal surge pela primeira vez com dois filmes no Top 10 da revista:
«Inquietude», de Manoel de Oliveira em quinto lugar e
«Ossos», de
Pedro Costa, em décimo. O fenómeno repetiu-se no ano seguinte, com
«A Carta» de Oliveira em sétimo lugar e
«As Bodas de Deus», de César Monteiro em décimo.
Em 2001, Oliveira volta a conquistar o quinto lugar com
«Vou para Casa», repetindo o feito e a posição em 2002 com
«O Princípio da Incerteza».
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