
A possibilidade de investir numa carreira com horizontes mais amplos é uma realidade para os atores portugueses.
Baseada nesta crença, o Passaporte, que este ano avança para a sua segunda edição entre quinta-feira e domingo, organiza uma série de workshops, "Q&As", encontros e outras atividades com uma série de agentes e diretores de "castings" internacionais.
Entre estes, nomes como os de Katrina Bayonas, que há anos gere a carreira de Penélope Cruz, e Nathalie Cherón, responsável pelo elenco dos filmes de Luc Besson, estarão presentes – para além de vários nomes conhecidos do audiovisual português.
Para Patrícia Vasconcelos, coordenadora do evento, os intérpretes nacionais têm uma vantagem grande para se estabelecerem no mercado internacional.
“Aqui temos o facto dos filmes não serem dobrados e dos nossos atores possuírem um nível excelente em termos de domínio de outras línguas. Essa descoberta têm impressionado os profissionais da área”, diz.
Para ela, a primeira edição correu tão bem que justificou que o investimento, com o apoio do ICA e da Academia Portuguesa de Cinema, até se alargasse para 2017.
Um dos objetivos essenciais do Passaporte foi cumprido, por exemplo, quando o ator Albano Jerónimo, através de contactos feitos no programa, foi selecionado para a série “Vikings”.
Outra aposta são os mercados latino-americanos – também acessíveis em função da língua.
Neste sentido, o Passaporte reforça a sua presença de profissionais de países como Brasil, Argentina e México, entre outros.
A iniciativa também coloca o evento em sintonia com a programação da Câmara nos acontecimentos da Lisboa – Capital Ibero-Americana da Cultura.
Para Patrícia Vasconcelos, também fundadora da Academia Portuguesa de Cinema, o Passaporte é “a realização de um velho sonho".
"Trabalho há anos com profissionais da área e sempre lamentei que, normalmente, eles só chegassem até Espanha na hora de procurar atores. Queria muito que eles viessem até Portugal, temos muitos talentos aqui”, afirmou esta responsável do evento.
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