Cerca de 25 mil alunos, de 152 escolas, participaram nas atividades do Plano Nacional de Cinema (PNC) durante o ano letivo 2015/2016, revelou a Direção-Geral de Educação.
De acordo com informação divulgada pelo organismo, o número de alunos abrangidos pelo Plano Nacional de Cinema mais do que duplicou, já que, no ano anterior, tinha contado com a participação de 10.898 estudantes.
Ao longo dos últimos meses foram feitas 216 sessões de cinema, das quais 70 aconteceram em sala de cinema, fora do ambiente escolar, mobilizando mais de 50 cineclubes, auditórios e cineteatros de todo o país.
Neste ano letivo, participaram pela primeira vez escolas de Viana do Castelo e de Évora. Lisboa e Porto são os distritos que registaram maior participação de escolas (52) no PNC.
À distância, a Escola Portuguesa Ruy Cinatti, em Timor-Leste, também se associou às atividades do Plano.
O Plano Nacional de Cinema é uma iniciativa conjunta das secretarias de Estado da Cultura e do Ensino Básico e Secundário, e é coordenado por Elsa Mendes.
O projeto foi criado em 2013, para promover a "literacia para o cinema junto do público escolar" dos ensinos básico e secundário, e consiste na organização de sessões para alunos sobre a história do cinema, formatos, linguagens e géneros, e exibição de filmes.
Entre os filmes propostos para visionamento dos alunos estão, entre outros, "Aniki-Bobó", de Manoel de Oliveira, "O Feiticeiro de Oz", de Victor Fleming, "O Meu Tio", de Jacques Tati, "A Viagem à Lua", de Georges Méliès, e "O Mundo a Seus Pés", de Orson Wells.
Há ainda filmes de Fernando Lopes, Pedro Serrazina, José Miguel Ribeiro, Regina Pessoa, António Reis e Margarida Gil no plano.
Para o ano letivo 2016/2017, a coordenação do Plano Nacional de Cinema espera envolver 185 escolas, ou seja, mais trinta do que no ano anterior, incluindo, pela primeira vez, a região autónoma da Madeira e a Escola Portuguesa de Moçambique.
Segundo informação da DGE, para o próximo ano letivo o PNC continuará a "privilegiar a representação do cinema português e/ou em língua portuguesa" e pretende "dar relevo a olhares múltiplos sobre o dinamismo da cultura portuguesa recente".
Sem especificar filmes, é referida a intenção de incluir no PNC obras de realizadores como João Nicolau, que estreou este ano "John From", Leonor Teles, premiada em Berlim com a curta "Balada de um Batráquio", Telmo Churro, João Rosas e Bruno de Almeida.
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