Apesar do sucesso de "Aladdin", Will Smith não parece ter o poder de atrair multidões às salas de cinema só com o seu nome, como acontecia há 20 anos.
A ironia é que isso está a ser confirmado por "Projeto Gemini", em que interpreta um assassino profissional que se vê obrigado a enfrentar um clone mais novo de si próprio, criado com a magia dos efeitos especiais a partir do seu aspeto em filmes como "Bad Boys", "O Dia da Independência" e "Homens de Negro".
O "thriller" de ação realizado por Ang Lee irá ter um prejuízo de 75 milhões de dólares ou mais [67,3 milhões de euros] após os resultados dececionantes nas bilheteiras, estimaram fontes e analistas consultadas pelo The Hollywood Reporter.
Ao fim de dez dias de exibição, as receitas são apenas de 36,3 milhões nos EUA e 82,2 no resto do mundo. O total global de 118,7 milhões, que já inclui valores da estreia na China, o segundo maior mercado de cinema do mundo, é considerado anémico quando comparado com o orçamento: cerca de 140 milhões, a que se juntam mais 100 da campanha de marketing.
Apesar das notícias sobre as inovadoras tecnologias digitais de rejuvenesimento e da alta taxa de fotogramas em 3D chamada "3D+ em HFR", que "coloca o público no centro da ação", "Projeto Gemini" terá sido prejudicado pelas más críticas e a surpreendentemente clara preferência dos espectadores por "Joker", que está quase a chegar aos 738 milhões de dólares nas bilheteiras mundiais em apenas 17 dias.
A consolação parece ser que o prejuízo do filme de Will Smith será dividido entre vários estúdios e empresas de investimento: as americanas Paramount Pictures e Skydance Media, e as chinesas Fosun e Alibaba.
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