Sharon Stone acredita que a hemorragia cerebral que sofreu em 2001, aos 43 anos, prejudicou a sua carreira em Hollywood.
Já se sabia que tinha corrido risco de vida, mas a atriz revelou agora numa entrevista ao canal CBS que lhe deram cinco por cento de hipóteses de sobreviver e que teve de reaprender "tudo", desde andar, falar e ler, porque a sua vida foi "apagada".
Em 1992, Sharon Stone tornou-se famosa pelo papel de Catherine Tramell no "thriller" erótico "Instinto Fatal". Três anos mais tarde conseguiu a única nomeação para os Óscares às ordens de Martin Scorsese em "Casino".
Agora com 59 anos, a atriz diz que, apesar de não ter revelado a dimensão total do seu problema de saúde, as ofertas de trabalho começaram a escassear porque foi considerada uma pessoa doente.
"Os outros não estão assim tão interessados numa pessoa doente. Estava sozinha. Tenho a certeza que parecia peculiar a passar por tudo isto ao longo destes anos e não queria dizer a toda a gente o que estava a acontecer porque, como sabe, este não é um meio clemente".
De regresso à televisão com a série interativa da HBO "Mosaic", realizada por Steven Soderbergh, Sharon Stone riu-se quando o entrevistador lhe perguntou se, na sequência das revelações de escândalos sexuais, alguma vez se tinha estado "desconfortável".
"Ando neste negócio há 40 anos. Consegue imaginar o negócio em que entrei há 40 anos? Com o aspeto que tinha, a vir de lado nenhum, Pensilvânia? Não cheguei cá com qualquer proteção. Vi de tudo", explicou.
"Começamos agora a reconhecer as nossas próprias virtudes enquanto mulheres e a não pensar que nos temos de portar como homens para sentirmos força ou poder ou valorizadas", concluiu.
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