A pobreza foi o imperativo extremo que levou Taika Waititi a aceitar a proposta da Marvel para ficar à frente do terceiro filme da saga "Thor".
O realizador foi determinante no relançamento de Chris Hemsworth como Thor no Universo Cinematográfico ao injetar a personagem com o peculiar humor em "Thor: Ragnarok", lançado em 2017 e que é um dos filmes mais populares para os fãs da Marvel.
No entanto, o universo de super-heróis não estava no seu horizonte depois de se fazer notar pela indústria graças à comédia negra "O Que Fazemos nas Sombras" (2014).
"Não tinha interesse em fazer um desses filmes. Não era de todo o plano para a minha carreira como autor. Mas era pobre e tinha acabado de ter um segundo filho, e pensei: ‘Sabem que mais? Esta seria uma grande oportunidade para alimentar estas crianças.’", recordou Taika Waititi no 'podcast' "Smartless", conduzido pelos atores Jason Bateman, Will Arnett e Sean Hayes (citado pelo The Wrap).
De facto, o realizador acrescentou que não tinha nenhum interesse especial em Thor e isso se mantinha quando aceitou a proposta da Marvel.
"'Thor', vamos ser sinceros, era provavelmente a saga menos popular. Nunca li as bandas desenhadas de 'Thor' quando era miúdo ", acrescentou o vencedor de um Óscar com "Jojo Rabbit" (2019).
Recordando os tempos em que pegava numa banda desenhada e logo a seguir a rejeitava, o realizador diz que começou o trabalho de pesquisa e "ainda estava perplexo com esta personagem".
Desconfiando que os responsáveis da Marvel só o chamaram porque estavam "bloqueados" e suficientemente desesperados para tentar o que quer que fosse, a única coisa que sentiu que podia contribuir para a abordagem de Chris Hemsworth ao Deus do Trovão era dar-lhe mais... personalidade.
“Acho que não havia mais nenhum lugar para eles irem com aquilo. Pensei, 'Chamaram-me, isto é realmente o fundo do poço'", recordou.
Mas o realizador também admitiu que a experiência acabou por ser divertida quando o anfitrião Jason Bateman observou que aceitou regressar para a sequela "Thor: Amor e Trovão" (2023).
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