Uma das histórias mais fascinantes "e se?" de Hollywood é a de Will Smith ter recusado "Matrix", o que abriu o caminho para Keanu Reeves ser Neo e Laurence Fishburne se tornar Morpheus.
Agora, cortesia de Quentin Tarantino, há uma a envolver o próprio Laurence Fishburne que abre todo o tipo de possibilidades de como poderia ter evoluído a sua carreira.
A lenda é que o realizador escreveu Jules em "Pulp Fiction" (1994) sempre a pensar em Samuel L. Jackson, mas durante uma aparição no podcast "The Rewatchables", este revelou que a sua primeira escolha foi mesmo Laurence Fishburne.
Tudo porque ele tinha acabado de fazer "O Rei de Nova Iorque" (1990) e "A Malta do Bairro" (1991), quando Tarantino estava a escrever com Roger Avary o argumento do que viria a ser o seu segundo filme, após "Cães Danados" (1992).
O papel foi mesmo oferecido, mas Laurence Fishburne recusou-o porque os seus agentes lhe disseram que prejudicaria as suas hipóteses de conseguir papéis como protagonista.
Tarantino conta que o ator chegou mesmo a dizer-lhe que queria fazer o filme, mas tinha que ouvir os conselhos das pessoas a quem estava a pagar para representá-lo.
Pelo relato, tudo se terá passado no primeiro semestre de 1993, quando Laurence Fishburne já tinha acabado a rodagem do "biopic" sobre Tina Turner "What's Love Got to Do with It", pelo qual seria nomeado para o Óscar de Melhor Ator.
Só que a história não acaba aqui: Tarantino diz que "Die Hard: A Vingança" (1995) foi escrito para Bruce Willis fazer dupla com Laurence Fishburne, mas este estava a pedir muito dinheiro.
Quando o produtor Andy Vajna foi à antestreia mundial de "Pulp Fiction" no Festival de Cannes em maio de 1994 para apoiar Willis, acabou por regressar de França com outro ator para o terceiro "Die Hard"... Samuel L. Jackson, claro.
Laurence Fishburne acabou a processar a produtora Cinergi por "quebrar uma promessa verbal". E nas palavras de Tarantino, "o resto é história"...
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