(*) Notícia atualizada às 15h50 com bilheteira final nos EUA, de 86 para 90 milhões de dólares, refazendo-se todos os valores.

"Top Gun: Maverick" soma e segue nas bilheteiras dos cinemas.

Após arrecadar 160,5 milhões de dólares a partir de 4.732 cinemas (um recorde de lançamento) na estreia prolongada de 2 a 6 de junho nos EUA, o novo filme somou mais 90 milhões de dólares no segundo fim de semana.

O valor bate um recorde de Hollywood: a menor descida de sempre (29%) para um filme que teve uma estreia de mais de 100 milhões nos EUA, batendo a descida de "Shrek 2" (33%), de maio de 2004 (os filmes de grande orçamento e receitas de abertura costumam ter grandes quebras nas bilheteiras após o lançamento: tanto "Homem-Aranha: Sem Volta a Casa" como  "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura", por exemplo, caíram 67%).

Até este domingo, a sequela do filme de 1986 acumulou 295,6 milhões de dólares, tornando-se o trabalho mais rentável de Tom Cruise no mercado norte-americano, batendo aos 243,3 milhões de "Guerra dos Mundos" em 2005 (valor não ajustado à inflação). O fenómeno é mundial: mesmo sem estreia na Rússia e China, as receitas são de 552,6 milhões em menos de duas semanas de exibição.

Com mais de 50% dos espectadores a terem 35 anos ou mais, estes valores de bilheteira são ainda uma grande vitória para os cinemas, já que recupera  um público que tem mostrado mais relutância em regressar às salas durante a pandemia.

Com tudo isto ganhará a conta bancária de Tom Cruise: segundo a imprensa americana, o ator tem um contrato de objetivos [conhecido por "backend"] "à antiga" em que tem direito ao "first-dollar gross". Ou seja, o ator garante uma percentagem de cada dólar das bilheteiras recebido pelo estúdio ainda antes de este conseguir recuperar o seu investimento.

O ator deverá ter negociado pelo menos 10% de cada dólar ganho pelo estúdio, que normalmente recebe metade das receitas de bilheteira de um filme (uma percentagem que costuma maior nos EUA e pode ser menor a nível internacional). Se um filme ultrapassar determinadas metas de bilheteira, a percentagem pode subir a 15% ou 20%.

A estas receitas juntam-se outras em streaming, "pay-per-view", vendas do mercado DVD e outras plataformas de lançamento de um filme.

Digno dos livros de recordes, tanto pelos valores como por ser em plena era do streaming, segundo o bem informado "Puck News", Tom Cruise pode ganhar mais de 100 milhões de dólares em compensações pelo sucesso de "Top Gun: Maverick" quando forem feitas as contas, ficando à frente do que conseguiram Keanu Reeves com os filmes "Matrix" e Will Smith com "Homens de Negro".

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