Michael Moore tinha dito que estava a trabalhar num "projeto secreto" há vários meses e agora levantou a ponta do véu com  o lançamento do excerto de um "talk show" que era apresentado pela atriz e comediante Roseanne Barr onde ele e agora presidente dos EUA Donald Trump eram os convidados.

Em 2016, Michael Moore já fez o documentário "Michael Moore in TrumpLand" (2016), a filmagem de uma digressão das suas discussões políticas com apoiantes de Trump algumas semanas antes das eleições presidenciais. Agora, dá a entender que se prepara para ir muito mais longe.

"Conheço Roseanne. E conheço Trump. E eles estão prestes a lamentar o dia em que me conheceram", sugeriu nas redes sociais e também no seu "site" o realizador que ganhou um Óscar pelo documentário "Bowling for Columbine".

Michael Moore não referiu se o seu novo trabalho é uma nova versão de "Fahrenheit 11/9", um documentário sobre a eleição de Trump que foi comprado na fase de projeto em maio de 2017 pela Weinstein Company, alguns meses antes de ser atingida pelo escândalo sexual do seu presidente, o produtor Harvey Weinstein.

No programa de 1998 Trump elogia "Roger e Eu" (1989), o primeiro filme de Michael Moore, onde este perseguia Roger Flint, dirigente da General Motors, para confrontá-lo com os efeitos que os despedimentos massivos na reestruturação da sua empresa tiveram na cidade de Flint, no Michigan (de onde o realizador é natural).

"Era excelente, deixem-me que vos diga. Adorei o que ele fez. Não teria gostado se eu fosse o Roger. Porém, espero que que ele nunca faça um sobre mim", diz Donald Trump.

Michael Moore foi um dos poucos que antecipou que Trump podia ganhar as eleições de 2016 e garante que pode repeti-lo em 2020, mas é um forte opositor das suas políticas. Já Roseanne Barr é uma apoiante e viu a série "Rosanne", o seu regresso triunfal à televisão, cancelado esta semana após fazer um comentário racista nas redes sociais.