Não foram só os críticos e muitos espectadores: Ben Affleck também não acha que "Daredevil" seja um dos momentos altos da sua carreira.

Desde a tépida reação ao filme de 2003, conhecido em Portugal por "Demolidor - O Homem Sem Medo", que o ator tem falado sobre as suas falhas, principalmente desde que voltou a interpretar um super-herói, Batman.

A novidade é que a sua opinião desfavorável já tem muitos anos.

O ator admite que muito do que está no filme "é um pouco pateta" durante uma entrevista que, pela sua notória juventude, parece ter sido feita na altura da estreia ou poucos anos depois, mas que passou despercebida até agora (na época, a Internet não tinha a mesma importância nem existiam redes sociais).

O vídeo foi recuperado agora para o documentário Cinemability: The Art of Inclusion, lançado no âmbito do "National Disability Employment Awareness Month",  iniciativa do Congresso dos EUA para chamar a atenção da sociedade para a empregabilidade e contribuições de pessoas com todo o tipo de deficiências.

Aí, Affleck recorda como foi importante trabalhar nos bastidores com o intérprete invisual Tom Sullivan para dar outra dimensão à personagem de Matt Murdock e do Daredevil.

E quase como uma observação casual, acrescenta: "Sinceramente, acho que isso foi a parte mais interessante sobre o filme. Muito do resto era um pouco pateta".

Ainda com Jennifer Garner, Michael Clarke Duncan e Colin Farrell, "Daredevil" foi um sucesso moderado nas bilheteiras e chegou a estar previsto um segundo filme. Esses planos foram cancelados pelo estúdio Fox após o fracasso do 'spin-off' "Elektra" com Jennifer Garner em 2005.

Após os direitos da personagem regressarem à Marvel, avançou-se com uma série Netflix em 2015 com o ator britânico Charlie Cox, cuja terceira temporada foi lançada esta sexta-feira.