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Clint Eastwood: 15 momentos incontornáveis de uma carreira lendária

L.S.
31 mai 2020 06:30
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Este artigo tem mais de 4 anos
Muito mais do que o ícone da masculinidade e do espírito americano, Clint Eastwood viu e passou por tudo em Hollywood. Recordamos alguns momentos incontornáveis dessa carreira.
  • Muito mais do que o ícone da masculinidade e do espírito americano, Clint Eastwood viu e passou por tudo em Hollywood. Recordamos alguns momentos incontornáveis dessa carreira.
  • O western televisivo, que durou oito temporadas e 217 episódios, tornou Clint Eastwood uma figura popular quando já se aproximava dos 30 anos, apesar da sua frustração pelo papel de herói convencional "que beija senhoras idosas e cães e era bondoso com toda a gente"
  • "Por Um Punhado de Dólares", um marco na definição dos "Western Spaghetti", "Por Mais Alguns Dólares" e "O Bom, o Mau e o Vilão", criaram a personalidade do "homem Sem Nome", o anti-herói que Clint Eastwood tanto desejava representar por causa do cansaço com a série "Rawhide". O realizador Sergio Leone tornou-se um dos dois mentores assumidos por "Clint Eastwood, realizador de cinema".
  • "A Pele de Um Malandro" foi o primeiro (e muito controverso) de cinco filmes com o realizador Don Siegel, o outro grande mentor de "Clint Eastwood, realizador de cinema" e que se tornaria um dos seus melhores amigos em Hollywood. Foi também o encontro com o argentino Lalo Schifrin, que compôs a banda sonora de vários filmes de Clint Eastwood nos anos 1970 e 1980.
  • "Destinos nas Trevas" foi o primeiro filme dirigido por Clint Eastwood, que também o interpreta. Logo a abrir, já pelos temas mais sombrios: interpretava um conhecido animador radiofónico por quem uma ouvinte se apaixonava de forma doentia, levando-a a um assédio obsessivo que não hesitava diante da violência e do crime.
  • A década de 1970 foi recheada de sucessos de bilheteira. E começou com o polícia Harry Callahan e uma saga chamada "Dirty Harry". O primeiro, "A Fúria da Razão", elevou a popularidade de Clint Eastwood até à estratosfera, definindo definitivamente a imagem de anti-herói e de ícone da masculinidade. Foram mais quatro filmes: "Harry - O Detective em Acção" (1973), "Harry - O Implacável" (1976), "Impacto Súbito" (1983) e "Na Lista do Assassino" (1988).
  • O duro e temível pistoleiro solitário Josey Wales é como o 'Homem Sem Nome' da sua trilogia "Western Spaghetti". Um western revisionista e irmão espiritual de "Imperdoável" justamente considerado um dos mais marcantes do cinema.
  • À beira dos 50 anos e ainda e sempre ícone da masculinidade (o papel era o de um condutor de camiões e lutador), mas sem receio do rídiculo ao entrar na comédia "Um Indomável Rebelde" e ter de dividir protagonismo com Clyde, um orangotango. Foi uma revelação e haveria uma sequela, "O Regresso do Rebelde".
  • "O Fugitivo de Alcatraz", o quinto e último com o realizador Don Siegel, e dois filmes muito pessoais, "Bronco Billy, o Aventureiro" e "A Última Canção", permitem descobrir um ator e realizador se medo de desafios sombrios e cada vez mais complexo. Apesar disso, o insucesso comercial do terceiro leva-o a aceitar outros filmes apenas como ator que não ficaram para a história. A década de 1980 foi de alguns sucessos, mas também invulgares fracassos de bilheteira.
  • Os franceses descobriram em Clint Eastwood um "auteur" muito antes dos americanos. Principalmente com "A Última Canção" (1982), mas depois em três filmes essenciais antes da consagração com "Imperdoável": "Justiceiro Solitário", um "western" com uma personagem que se descreve logo no título, "Bird - Fim do Sonho", um biopic sobre Charlie "Bird" Parker (Forest Whitaker) e uma carta de amor ao jazz; e "Caçador Branco, Coração Negro", encarnando o espírito de John Huston na altura da rodagem de "A Rainha Africana", muito mal recebido na altura mas que agora é considerado um dos melhores da sua carreira.
  • O 16º filme de Clint Eastwood como realizador, mais um western revisionista, a história de um pistoleiro retirado e desiludido que aceita vingar uma prostituta que foi desfigurada. Um filme anti-violência que marcou a sua consagração como "autor" junto da crítica e dos Óscares que sempre o ignoraram: Melhor Filme, Realização, Ator Secundário (Gene Hackman) e Montagem. Eastwood também foi nomeado pela primeira vez para a estatueta de Melhor Ator.
  • Elogiado pelo papel do pistoleiro William Munny em "Imperdoável", o talento como ator de Clint Eastwood voltou a chamar a atenção em "Na Linha de Fogo", como Frank Horrigan, um envelhecido agente dos Serviços Secretos perseguido por sentimentos de culpa e derrota desde o assassinato de John F. Kennedy; e "As Pontes de Madison County", como um jornalista fotográfico da National Geographic, que pede ajuda a Francesca Johnson (Meryl Streep), uma dona de casa do Iowa, para encontrar as pontes que pretende fotografar, que num ponto da vida em que as expectativas pertenciam ao passado, descobrem num no outro a alma gémea.
  • Após alguns filmes menos conseguidos, regressa com um "tour de force" de títulos absolutamente essenciais na carreira como realizador, um deles também como ator: "Mystic River", "Million Dollar Baby - Sonhos Vencidos" e "Cartas de Iwo Jima". Todos nomeados para os principais Óscares, mas o triunfo foi com "Million Dollar Baby": Melhor Filme, Realização, Hilary Swank e Morgan Freeman. Clint Eastwood também recebe uma segunda nomeação como Melhor Ator.
  • "Gran Torino", então anunciado como a despedida de Clint Eastwood como ator, surpreendeu Hollywood: tornou-se o maior sucesso de bilheteira da sua carreira como realizador. E provou que, aos 78 anos, o nome do ator arrastava multidões para os cinemas. Walt Kowalski, um veterano da Guerra da Coreia que é forçado pelos vizinhos imigrantes a confrontar os seus próprios preconceitos, era uma síntese dos duros que interpretou ao longo de décadas, mas com a sensibilidade do realizador de um "Imperdoável".
  • O maior e mais surpreendente sucesso de bilheteira como realizador chegou aos 84 anos com "Sniper Americano", que calou bem fundo nos mais sacrificados pela nação: os militares e as suas famílias. A história é a de um herói, mas que paga um grande preço: Chris Kyle, um atirador furtivo em que Clint revela muito mais para além das suas letais capacidades durante a guerra...
  • Aos 88 anos, Clint Eastwood voltou a não resistir ao desafio de aparecer à frente das câmaras. A história é incrível: um horticultor de 90 anos, veterano da Segunda Guerra Mundial, que começa a transportar cocaína de um cartel mexicano pelo estado do Michigan. Para além do caricato, um olhar crítico muito subtil para um país que por vezes não sabe tratar alguns dos seus cidadãos com dignidade.
 
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