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MEO à velocidade máxima de 10Gbps

Eles quase foram James Bond

L.S.
12 ago 2014 00:00
Atualidade
  • cinema.sapo.pt
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Este artigo tem mais de 10 anos
Vários atores estiveram na corrida sempre que o papel do agente secreto esteve disponível. Passando por cima dos rumores e anedotas, descobrimos os candidatos mais sérios.
  • Sobrevivendo a todas as mudanças políticas, sociais e tecnológicas, mantendo sempre a licença para matar apesar das diferentes abordagens, foram seis os atores que podem dizer que foram o inimitável James Bond. Os eleitos foram Sean Connery (em seis filmes entre 1961 e 1971, mais um da linha não oficial, "Nunca Mais Digas Nunca", em 1983), George Lazenby (apenas uma vez, "007 - Ao Serviço de Sua Majestade", em 1969), Roger Moore (outros seis filmes entre 1973 e 1985), Timothy Dalton (dois filmes, em 1987 e 1989), Pierce Brosnan (quatro filmes entre 1995 e 2002) e Daniel Craig (quatro filmes a partir de 2006). E para os completistas, ainda se pode juntar David Niven no primeiro "Casino Royale", uma paródia de 1967.
  • Sempre que a função esteve disponível, desde o início, foram vários os candidatos. Passando por cima dos rumores e anedotas, eis os casos mais sérios...
  • Foi o modelo literário para James Bond e depois um favorito do autor Ian Fleming para a versão cinematográfica. Foi preterido por Sean Connery para «007 - Agente Secreto» (1962), mas teve a honra de interpretar a personagem em tons de comédia na entrada não oficial «Casino Royale» (67) e o seu nome é evocado em «007 - Só Se Vive Duas Vezes» (67) e «007 - Ao Serviço de Sua Majestade» (69).
  • Padrinho de casamento e amigo íntimo do produtor Albert "Cubby" Broccoli, tinha 58 anos e excluiu-se de «007 - Agente Secreto» porque só queria fazer um filme.
  • Podemos entreter-nos com a ideia de que o James Bond literário tinha muitos poucos escrúpulos em matar, mas era um sedutor (como acontece agora na versão Daniel Criag), uma espécie de Henry Higgins mais psicótico, mas os produtores acharam que Sean Connery seria melhor nas cenas de ação. Correu tudo bem: dois anos após o primeiro filme, o ator ganharia o Óscar com «Minha Querida Lady».
  • Nos tempos mais recentes recordado como o Rei Eduardo I em «Braveheart», foi uma das grandes estrelas nos anos 60 pelas séries «Danger Man» e «The Prisoner», mas achou a personagem demasido promíscua.
  • Começou por recusar em 1958 e 59 por ser um conceito não testado e sem potencial; em 1968 quis mais dinheiro do que estavam dispostos a oferecer-lhe.
  • Ofereceram um contrato de três filmes a este estimável ator de «Assim Nasce Uma Estrela» (54) e «Intriga Internacional» (59), mas ele só se queria comprometer para dois.
  • Ator galês com uma série de sucessos na segunda metade dos anos 50, também não se quis comprometer aos 33 anos num contrato de três filmes. Alguns anos mais tarde, perguntaria ao produtor Albert Broccoli se podia ser vilão na saga.
  • «O produtor Cubby Broccoli quis que eu fizesse um teste filmado para James Bond quando estava a preparar «007 - Agente Secreto» em 1961. Recusei porque achei que estava abaixo de mim. Achei que Bond não teria sucesso no cinema. Foi um dos maiores erros da minha carreira. Sempre que um novo filme se torna um êxito gigantesco dou cabo da cabeça. O Cubby e eu temo-nos rido à conta disto desde essa altura» (julho de 1986)
  • À conta dos filmes mitológicos, este antigo Mr. Universe tornou-se a estrela de cinema mais bem paga na Europa e recusou a oferta por achar o salário baixo.
  • Irlandês bonito e atlético, capitão pára-quedista durante a Segunda Guerra Mundial, com pouco mais de 30 anos, vasta experiência em filmes de capa e espada e uma das grandes estrelas britânicas do seu tempo graças a títulos como «A Man Called Peter» (55), «Esquadrilha Heróica» (55) e «Santa Joana» (57), parecia a escolha perfeita e era o preferido de Ian Fleming, mas um conflito de agenda deu o papel a Connery.
  • Em 1967, com Sean Connery cada mais insatisfeito e caro, os produtores Albert Broccoli e Harry Saltzman pensaram neste ator que acabara de provar o seu valor como outro agente, Harry Palmer, em três filmes produzidos pelo segundo: «O Caso Ipcress», «O Meu Funeral em Berlim» e «Um Cérebro Por Um Milhão». Mas Caine recusou «007 - Ao Serviço de Sua Majestade», que iria para George Lazenby, pois receava ficar permanentemente associado ao género.
  • Uma batota justificada pelo facto de ter recusado pelo menos três vezes, o que será um recorde: em 1967 e 1972 por se achar muito novo e não querer suceder a Connery (tal como Roger Moore em 1967), e novamente em 1979 por não gostar da direção que os filmes estavam a tomar. Finalmente, quase falhou a oportunidade em 1986 por causa do compromisso para fazer «O Perigo É a Minha Profissão», uma das maiores bombas da carreira de todos os envolvidos (Brooke Shields, etc.), mas houve uma abertura de agenda e aceitou fazer «007 - Risco Imediato» (87) e depois «007 - Licença para Matar» (89). Mal recebidos na época, têm vindo a ser positivamente reavaliados.
  • Outro dos considerados para substituir George Lazenby após o fiasco «007 - Ao Serviço de Sua Majestade», deixou um relato detalhado: «Há muitos anos, quando era novo e tinha cabelo e era bastante magro, «Cubby» Broccoli levou 10 atores do teatro para os entrevistar num escritório no West End e eu fui um deles. «Não posso ser James Bond porque sou careca, tenho queixo duplo e seios de mulher.» Ele respondeu: «Sean Connery também. Por isso colocamos-lhe uma peruca e dois sacos de pele cheios de gelo atados ao peito antes de rodar quando está nu com as raparigas. Portanto, você podia fazê-lo bem.» E depois não me ofereceu o papel.»
  • Abordado pelos produtores em 1970, sentiu que Bond era inglês (Burt Reynolds evocou a mesma razão) e pertencia a Connery, mesmo quando lhe disseram que este não queria voltar. Pouco depois, o responsável do estúdio Universal fez saber aos produtores que Connery tinha de ser convencido a regressar e que o dinheiro não era problema. Daí «007 - Os Diamantes São Eternos» (71).
  • Reza a lenda que ofereceram o papel em «007 - Os Diamantes São Eternos» ao ator da série «Doomwatch» e que voltaram atrás com o regresso de Connery. Estava ocupado com outros projetos quando Roger Moore foi escolhido.
  • Assinou contrato para «007 - Os Diamantes São Eternos», que foi honrado depois do regresso de Connery. A seguir, esteve para entrar em «007 - Vive e Deixa Morrer» (73), mas aí o produtor Harry Saltzman insistiu num britânico.
  • Quando o envolvimento de Roger Moore, já com 55 anos, ficou tremido antes de «007 - Operação Tentáculo» (83), um dos nomes levados em consideração foi o deste popular quebra-corações graças à série «Marcus Welby, M.D.». Chegou mesmo a fazer um teste com uma cena de Connery para «007 - Ordem para Matar» (63) e a comprar casa em Londres. Dificilmente se voltará a encontrar algo do género nas redes de partilha de vídeos, principalmente de um ator norte-americano.
  • Roger Moore despediu-se em baixa com «007 - Alvo em Movimento» (85) e um potencial sucessor foi Gibson, já liberto de «Mad Max» e pronto para conquistar o resto do mundo. O estúdio queria-o, mas Albert Broccoli não gostou que ele fosse australiano (na verdade, nasceu nos EUA) e demasiado baixo, eliminando-o da lista de candidatos.
  • Também foi convidado para substituir Moore, mas a série «Remington Steele », onde era um charmoso ladrão a passar por detetive, estava no auge e não foi libertado pelos produtores. Quando mais tarde o destino da série ficou incerto, foi Brocolli que não quis que Bond ficasse associado à televisão. Mas nem tudo ficou perdido...
  • Este ator irlandês então com 38 anos que muitos julgam ser da Oceânia, muito popular pela série «Reilly - Rei dos Espiões» (83), foi um dos ponderados para «007 - Risco Imediato» (87). Esteve mesmo quase, todos gostaram do teste. Até que gostaram ainda mais do de Timothy Dalton...
  • Com a saída de Timothy Dalton após dois filmes e até se regressar a Pierce Brosnan para «007- Goldeneye», este ator chegou a fazer um teste após a nomeação para o Óscar pela revelação em «A Lista de Schindler». Tinha 31 anos, a mesma idade de Sean Connery, mas os produtores acharam que não era suficientemente conhecido. Voltou a ser ponderado em 2004, mas aí os 41 anos já jogaram contra si. Nem tudo se perdeu: agora é o patrão do agente secreto. Um cargo que, a avaliar pelo que aconteceu à antecessora, já não é tão seguro como antigamente...
  • Candidato para substituir tanto Roger Moore como Timothy Dalton, mas da segunda vez, gostaram dele ainda mais, mas para ser o vilão Alec Trevelyan, outro agente do MI6 que trai Bond. Claro que se tivesse sido o eleito, ter-se-ia invertido a elevada taxa de mortalidade que aflige as suas personagens.
  • Foi longa a jornada até se tornar uma estrela de cinema e quando isso finalmente aconteceu com «A Lista de Schindler», já tinha 41 anos. E com perspetivas de conseguir bons papéis dramáticos, recusou a oferta porque... não queria fazer filmes de ação. Passariam vários anos até descobrimos que tinha «uma série de talentos muito específicos»...
  • Parece que o oitavo «Dr. Who» fez um teste que impressionou toda a gente. E diz que seria a segunda escolha se as negociações com Pierce Brosnan acabassem mal.
  • Um dos muitos atores considerados após a saída de Pierce Brosnan (Jude Law, Hugh Jackman, Julian McMahon, Rupert Friend, Dougray Scott), mas disse logo que não estava interessado. A carreira sobreviveu a isto e a «Mamma Mia».
  • Foi convidado para «Casino Royale», mas acabara de sair de uma saga galática e receou ficar limitado pela personagem.
  • Passou pelo processo de audições e de acordo com o ator atualmente na série de sucesso «Arrow», não foi por ser negro que acabou por perder o papel, mas por já ter aparecido como secundário em três filmes da saga.
  • Mostrar que ficava tão bem num fato de cerimónia em «Croupier» (98) acabou por funcionar como uma audição para o papel. Esteve muito perto, mas os atuais produtores da saga, Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, não quiseram dar-lhe uma percentagem dos lucros e avançaram para Daniel Craig.
  • Antes de ser Super-Homem, este ator esteve quase a ser uma série de personagens icónicas da Sétima Arte. A primeira delas terá sido Bond em «Casino Royale». Reza a lenda que era o preferido do realizador Martin Campbell, mas na decisão final pesou que apesar de os produtores quererem reinventar as origens da saga, os seus 21 anos era ir longe demais.
 
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