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Jane Fonda faz 80 anos: Os melhores filmes de uma lenda a sério do cinema

L.S.
21 dez 2017 15:12
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Este artigo tem mais de 7 anos
Quando começou era apenas a filha do lendário ator Henry Fonda, mas soube criar uma grande carreira para lá do apelido. Incendiou a América com o seu ativismo político na década de 70, a mesma em que ganhou dois Óscares. Aos 80 anos, também ela é uma lenda do cinema americano.
  • Quando começou era apenas a filha do lendário ator Henry Fonda, mas soube criar uma grande carreira para lá do apelido. Incendiou a América com o seu ativismo político na década de 70, a mesma em que ganhou dois Óscares. Aos 80 anos, também ela é uma lenda do cinema americano.
  • A estreia no cinema foi em "Garota Apimentada" (1960), recriando um papel que fez no teatro, mas foi com este filme, no papel secundário de uma prostituta, que começou a chamar a atenção. Ganhou o Globo de Ouro de Estrela Mais Promissora.
  • Uma comédia dramática sobre casais a enfrentar problemas nas suas relações, baseada numa peça de Tennessee Williams.
  • Outro filme importante na fase inicial da carreira, numa altura em que a  Newsday a chamou "a mais adorável e talentosa de todas as nossas jovens atrizes". Nesta comédia de enganos era uma ingénua recém chegada a Nova Iorque para visitar o irmão e, cansada de ser "a única virgem de 22 anos da América", acabava por se envolver com um charmoso estranho (Rod Taylor).
  • A comédia cruzada com western que tornou estrelas a sério tanto Jane Fonda como Lee Marvin (vencedor do Óscar). Ela era a mulher que desejava ser professora, mas acabava a procurar vingar a morte do pai contratando um famoso pistoleiro que não correspondia às expectativas...
  • A primeira reunião mágica com Robert Redford, o seu maior parceiro no cinema e uma das maiores duplas de sempre. Neste clássico, ele era um  jovem advogado conservador e ela a sua nova esposa, fogosa e deslumbrante, que acompanhamos quando o êxtase da lua de mel dá lugar às preocupações mais mundanas da vida...
  • Mais do que os anteriores, este foi o filme decisivo, pois tornou-a um símbolo sexual e levou o New York Times a descrevê-la como a "deusa sexual mais icónica dos anos 60". Jane Fonda teve muitas dúvidas com o projeto, mas o realizador (e marido) Roger Vadim convenceu-a com o argumento de que o género de ficção científica estava a conquistar rapidamente popularidade.
  • O filme que iniciou em pleno a carreira de Jane Fonda e lhe deu a primeira nomeação de sete nomeações para os Óscares da sua carreira. Andava tudo à volta das vidas de um grupo muito variado de concorrentes que se cruzavam numa desumana maratona de dança no auge da Grande Depressão.
  • Segunda nomeação... e primeiro Óscar. O papel era o de uma prostituta perseguida por um estranho assassino quando decide ajudar um polícia (Donald Sutherland) a encontrar um amigo desaparecido em Nova Iorque e acabam por se apaixonar...
  • O ativismo político fez Jane Fonda reduzir o número de filmes, que também não tiveram impacto comercial. O "regresso" foi com esta comédia ao lado de George Segal, em que um casal bem instalado na vida se vê de repente sem empregos e dinheiro para pagar as dívidas, virando-se desajeitadamente para... os assaltos. Jim Carrey e Tea Leoni fariam uma nova versão em 2005 chamada "Dick e Jane - Ladrões Sem Jeito".
  • Terceira nomeação para os Óscares pelo papel da dramaturga Lillian Hellman e a relação com a sua grande amiga, a inconformista Julia (Vanessa Redgrave, que ganhou o Óscar) nos anos 30, de ascensão do nazismo.
  • Neste grande sucesso comercial, Jane Fonda era aqui a estrela como uma rancheira que lutava para manter sua propriedade, contra tudo e contra todos, nos anos difíceis que se seguiram à Segunda Guerra Mundial.
  • Uma grande paródia: cinco casais encontram-se no Hotel Beverly Hills na semana dos Óscares e tem de enfrentar os mais hilariantes problemas. A brincalhona Hannah Warren (Jane Fonda) não está muito à vontade com o novo estilo de vida californiano do ex-marido (Alan Alda). Sidney Cochran (Michael Caine) torna-se vítima da raiva da sua esposa Diana (Maggie Smith) quando ela falha a conquista de um Óscar (Smith venceu na realidade o Óscar de Melhor Actriz Secundária). Marvin Michaels (Walter Matthau) tem de arranjar maneira de explicar à sua esposa (Elaine May) como é que uma loura explosiva foi ter à sua cama. E o Dr. Chauncey Gump (Richard Pryor) tem de lidar com os modos cada vez mais convencidos do seu amigo (Bill Cosby).
  • Nas suas memórias, Jane Fonda diz que o ativismo político reorientou a carreira e aqui está a prova: quarta nomeação, segundo Óscar, ao lado de Jon Voigh, que ganhou o mesmo prémio com este que é considerado um dos mais poderosos filmes sobre o brutal impacto da Guerra do Vietname.
  • Reencontro com Robert Reford, que era aqui um ex-campeão do mundo de rodeo reduzido à venda de pequenos almoços vestido com um fato cheio de luzes intermitentes. Jane Fonda era uma mulher da televisão que fazia tudo para conseguir uma boa história que acaba por se apaixonar pelo cowboy e as suas convicções.
  • Fiel ao seu anúncio de fazer filmes focados em temas importantes, consegue a quinta nomeação para o Óscar com este filme, considerado um dos mais extraordinários sobre o controverso tema, então como agora, do perigo nuclear. Dois repórteres (Fonda e Michael Douglas) encontravam-se a fazer uma reportagem sobre uma central nuclear quando filmam um incidente não explicado que espelha o nervosismo e o pânico dentro da sala de controle. Mas a reportagem é censurada e enquanto os repórteres procuram descobrir o que realmente se passou, um engenheiro da central (Jack Lemmon) vai tornar-se num elemento chave do enigma e num homem a abater.
  • Já com dois Óscares, entra nesta comédia com Lily Tomlin e Dolly Parton, um grande sucesso junto da crítica e o segundo mais rentável do ano. Elas eram três funcionários com um chefe extremamente machista e egocêntrico, que juntavam forças para se vingar, raptando-o e alterando tudo no escritório onde trabalhavam. Apesar de muitos debates, a sequela nunca avançou.
  • Durante muitos anos, Jane Fonda procurou um projeto que lhe permitisse trabalhar com o pai, Henry Fonda, esperando que ajudasse a melhorar a sua relação difícil. Conseguiu com este filme que se confundia com a realidade. Ela foi nomeada pela sexta vez para os Óscares e o pai conquistou finalmente o seu com este, o último filme de uma carreira extraordinária. Katharine Hepbunr, no papel da matriarca da família, também foi premiada.
  • Jane Fonda era aqui uma psiquiatra encarregue pelos tribunais de decidir se uma devota mas perturbada freira Agnes (Meg Tilly) está ou não em condições de ser julgada após o seu bebé recém nascido ser encontrado estrangulado. A sua busca da verdade coloca-a em confronto com a inabalável Madre Superiora (Anne Bancroft), que lhe assegura que Agnes não se lembra de estar grávida.
  • A sétima e última nomeação para os Óscares foi com o papel de uma atriz decadente e alcoólica que, após uma das suas habituais bebedeiras, passa a noite com um famoso fotógrafo. Incapaz de lembrar o que aconteceu, encontra-o assassinado na cama na manhã seguinte.
  • Um filme e um papel de "sogra megera" de Jennifer Lopez que, longe dos seus melhores, merece entrar na lista por marcar o fim da sua reforma do cinema. Esta tinha sido anunciada em 1990, quase aos 53 anos, quando, com dois Òscares e riquíssima graças às cassetes e livros de fitness, estava prestes a casar-se casar com Ted Turner (o senhor CNN).
  • Jane Fonda fez mais alguns filmes e a série "The Newsroom", mas renovou a popularidade a sério ao lado de Lily Tomlin ,em "Grace and Frankie". No cinema, o melhor foi um breve mas marcante papel como uma diva de cinema envelhecida neste filme de Paolo Sorrentino. Esteve na corrida aos Globos de Ouro e quase chegou à oitava nomeação para os Óscares.
  • Este ano reservou uma belíssima surpresa: o reencontro com Robert Redford neste filme Netflix sobre dois viúvos vizinhos que iniciam uma relação platónica. 50 anos após "Descalços no Parque", os críticos notaram que o talento e a química não se tinham desvanecido...
 
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