"Operação Overlord" é novo filme da Bad Robot, produtora do profícuo J.J. Abrams, que se entusiasmou com a história de Billy Ray ("The Hunger Games", "Capitão Phillips"), onde viu um filme militar com personagens à medida de Rod Sterling e "sci-fi horror"... com um reviravolta final.

A história acompanha uma equipa de paraquedistas americanos incumbida de destruir um transmissor de rádio no topo de uma igreja fortificada dá de caras com um laboratório nazi... que produz horrores nunca antes vistos.

Julius Avery é o realizador e marca a sua destreza na consistência das personagens, na aventura e a intensidade da guerra. Os diálogos são espevitados, a explanar o "background" de cada membro da equipa, dando espaço para nos interessarmos e preocuparmos.

Com o "thriller", o drama e a tensão agrilhoados na primeira meia hora, o caminho para o campo fantástico ficou à distância de uma porta fechada.

E aí abrimos a divisão do "body horror", que estende a violência da Segunda Guerra Mundial e a história do homem em missão passa a algo mais distorcido e imaginativo. Não criativo e singular, porque são notórias as semelhanças com a "graphic novel" "Light Brigade", com o videojogo "Wolfenstein", ou os filmes "Dead Snow" e "Frankenstein´s Army".

"Operação Overlord" é um filme de atitude série B, como se tivesse sido desenvolvido para servir de "boot camp" a artistas CGI para encenar cenas sangrentas... mas com orçamento "blockbuster". E com humor e dimensão, feito por argumentistas de topo, com poder suficiente para construírem e levar a cabo "guilty-pleasures" como este.

Um filme para fãs de terror e videojogos.

"Operação Overlord": nos cinemas a 8 de novembro.

Crítica: Daniel Antero

Saiba mais no site Cinemic.

Trailer: