O que aconteceu exactamente nunca será revelado, já que a única pessoa presente no momento em Jackson ficou inconsciente era o seu médico. Mas, vários relatório mostram que o dia do rei da pop tinha começado como qualquer outro.

Dia 24 de Junho

- No início da tarde, Michael Jackson desceu as escadas e sentou-se com os seus dois filhos para aquela que viria a ser a sua última refeição em família.

- Pouco antes das sete da tarde, Michael deixou a sua mansão em Beverly Hills para ir até ao Staples Center, o recinto onde decorriam os ensaios para a série de espectáculos que deveria ter dado na «This is It Tour».

- Muitos dos seus companheiros de ensaios relataram a sua boa forma nessa noite. O seu director vocal chegou mesmo a dizer que «era difícil notar alguma diferença na sua energia em relação aos dias anteriores».

- O ensaio terminou por volta da meia-noite com uma actuação de «Earth Song». O cantor abraçou os seus bailarinos, agradeceu à equipa e desejou-lhes uma boa noite.

- O artista regressou a casa. À porta cumprimentou um grupo de fãs. O carro do seu médico, Dr. Murray, já se encontrava na entrada da mansão.

- Pouco depois de chegar a casa, Michael começou a queixar-se de cansaço.

- De acordo com relatórios da polícia, o seu medico relatou que Jackson estaria dependente do poderoso anestésico propofol, normalmente utilizado apenas num ambiente com condições médicas suficientes para o efeito.

Dia 25 de Junho

- Por volta da uma e meia da manhã, não querendo administrar propofol em Jackson, o médico terá dado ao cantor um comprimido de Valium. Porque o medicamento não terá tido efeito, Dr. Murray prosseguiu dando a Jackson 2mg de lorazepan, um medicamento semelhante.

- Jackson permanecia acordado e o seu medico continuou a tentar adormecê-lo com uma dose de midazolam e outras duas de lorazepam, dois sedativos. Nada resultou.

- Ao lado da sua cama, os investigadores encontrariam mais tarde garrafas de oxigénio e uma pilha de DVD. Também de notar era a temperatura elevada que o cantor mantinha dentro de casa, apesar de estarmos no início do Verão em Los Angeles.

- Depois de uma noite sem dormir, e de acordo com o testemunho do seu médico, Michael terá feito vários pedidos para tomar propofol. Às 10h40 da manhã, o medico finalmente cedeu e deu-lhe 25 mg do anestésico por meio intravenoso.

- Murray terá permanecido com o cantor por cerca de 10 minutos e depois ter-se-á ausentado para ir à casa de banho. Quando voltou, Michael Jackson não estava a respirar.

- Registos telefónicos mostram que Murray fez pelo menos três chamadas entre as 11h18m e as 11h51m: uma para a sua clínica em Las Vegas, outra para um paciente e outra para um amigo.

- Quando descobriu que o seu paciente não estava a respirar, Murray ligou para o seu assistente pessoal e deixou uma mensagem que dizia: “Liga-me imediatamente”. O seu assistente terá ligado de volta e o médico ter-lhe-á dito: “Vem já para aqui. O Sr. Jackson teve uma má reacção. Ele teve uma má reacção.”

- O segurança e o assistente pessoal de Jackson foram chamados pelo assistente do médico e, ao chegarem ao quarto, encontraram o cantor inanimado com Dr. Murray a tentar reanimá-lo.

- Alegadamente, num contrato com a promotora do artista, Murray teria pedido um sistema de reanimação e uma enfermeira como condição para aceitar tratar Jackson. Nada disso lá estava no momento da morte do rei da pop.

- Os dois filhos de Jackson, Prince e Paris, entraram no quarto mas rapidamente foram levados para fora dos aposentos do pai.

- O assistente pessoal de Jackson Jackson relatou que o medico apenas lhe disse para chamar o 112 depois de ter recolhido alguns frascos que se encontravam junto ao cantor. A chamada foi então feita.

- Ainda antes de os paramédicos chegarem, Jackson foi colocado no chão enquanto Conrad Murray, o guarda-costas e o assistente do cantor tentavam reanimá-lo através de massagem cardíaca e respiração boca-a-boca.

- Às 12h27 os paramédicos chegaram. No seu relatório posterior estava explícito que Jackson não respirava e não apresentava pulso às 12h29.

- O mesmo relatório explica que os paramédicos tentaram, por duas vezes, reanimar o artista e decidiram parar mas Conrad Murray terá insistido em continuar durante a viagem na ambulância até ao hospital.

- Já no Ronald Reagan UCLA Medical Center, às 13h07m, a equipa de médicos tentou usar várias técnicas de reanimação mas os esforços não tiveram sucesso.

- Michael Jackson foi considerado morto às 14h26m.

- Depois de ter informado os filhos de Jackson que o seu pai tinha falecido, Conrad Murray mostrou vontade em ir até sua casa. Porque a polícia tinha confiscado as chaves dos veículos de Murray, do guarda-costas e do assistente pessoal de Jackson, o médico do cantor disse que utilizaria um táxi e saiu do hospital.