Às 22h35 entraram em palco, recebidos por um público jovem, vibrante e bem “aquecido” pelas actuações de Hannah Trigwell e Nick Howard. O seu mais recente single, “Speed Limits”, foi o escolhido para dar início ao concerto, que seguiu com “Hear Me Now”, um outro original bem conhecido do público, e “Wake Me Up”, cover da música de Avicii, que acordou ainda mais a sala, já animada, fazendo-a saltar e vibrar do primeiro ao último acorde.

Durante todo o concerto, poucos e curtos foram os momentos de pausa, mas, quando os houve, o vocalista - Alejandro - não deixou de demonstrar o seu agradecimento ao público presente, fazendo referência também ao Youtube, site através do qual a banda partilhou o seu trabalho e se tornou um fenómeno.

Seguiram-se “I Had to Fly” e “Find Me”, um dos originais mais conhecidos pelo grande público, e também o primeiro a ser escrito pela banda. No entanto, foram as covers de “We Found Love”, “Dynamite” e “Locked Out Of Heaven” que arrecadaram mais energia e aplausos dos presentes.

“Briane” marcou um dos momentos mais bonitos da noite, uma vez que conta uma história bem próxima dos membros da banda. “Esta música é sobre o suicídio da mulher de um amigo e estas são as palavras que nós achamos que ela lhe teria dito”, explicaram. Visivelmente emocionado, o público rapidamente recuperou a euforia ao som de “On My Way” e “One Life”, também da autoria dos Boyce Avenue.

Já a chegar ao fim a noite, e depois da banda ter já abandonado o palco, deu-se outro dos momentos mais tocantes. Ao contrário do resto do concerto, em que o vocalista esteve acompanhado pelos irmãos e pelo baterista da banda, Jason Burrows, Alejando regressou sozinho ao palco para uma actuação acústica e muito intimista de “Broken Angel”. Com o resto da banda já em palco, e em modo de despedida, “Use Somebody”, dos Kings of Leon, animou o Coliseu, e foi “Every Breath”, o single de estreia da banda, que marcou o fim da (também) estreia dos Boyce Avenue em palcos portugueses.

Uma viagem por originais e reinterpretações, que convidou a plateia a entrar na intimidade daquele que é, afinal de contas, um grande fenómeno a nível mundial.

Texto: Inês Fonseca

Fotografias: Marta Ribeiro