Os Dead Fish são dos grupos mais inspiradoras do hardcore brasileiro. Criados em 1991 em Vitória, no estado do Espírito Santo, atingiram recentemente a marca de três décadas de atividade com nove álbuns de estúdio e sempre com um cunho político à esquerda. De entre os principais temas abordados nas letras estão a saúde e a educação, além de denúncias em combate à desigualdade, ao preconceito e à violência.
Em 2023, os fãs europeus serão finalmente contemplados com concertos na Irlanda, em Inglaterra, na Alemanha e em Portugal, país onde o grupo fará a sua primeira atuação. A banda apresenta-se no Musicbox Lisboa, no dia 18 de agosto, e no Hard Club, no Porto, a 20 de agosto. A agenda da digressão europeia inclui ainda uma outra data nacional, a 19 de agosto, em local a confirmar.
Nesses mais de 30 anos de estrada, repletos de concertos em recintos e festivais pelo Brasil, os Dead Fish também já passaram por países como a Argentina, Chile e Alemanha.
O disco "Ponto Cego", o mais recente de estúdio, denuncia o golpe orquestrado para tirar a presidente Dilma Rousseff do governo.
Em 2022, foi dado início à tão esperada digressão em comemoração dos 30 anos de história. Intitulada "30+1", propiciou 80 concertos em todas as regiões do Brasil ao longo de todo o ano. Atualmente, os Dead Fish estão em estúdio a preparar um novo disco.
Durante esse período, o grupo já esteve no mesmo palco que muitos nomes de peso pelo mundo fora, como Ratos De Porão, Inocentes, Shelter, Buzzcocks, All, New Model Army, Bad Religion, Pegboy, Bambix, Samiam, NOFX, Die Toten Hosen, Pulley, Terror, Slayer, Flatliners, Marky Ramone, Alkaline Trio, Prophets of Rage e muitos mais.
Nos anos 1990 houve uma oportunidade de os Dead Fish passarem por Portugal. Mas, “a banda estava ultra ‘engasgada’, tendo um selo e organizando várias coisas no Brasil”, disse o vocalista Rodrigo Lima.
“Vi como uma oportunidade perdida depois que o X-acto veio ao Brasil. Na época, pegamos alguns contatos. Porém, não conseguimos firmar um acordo legal para irmos. Acho um baita desperdício não termos já uma história com Portugal”, enfatizou.
Ao citar nomes de bandas portuguesas que acompanha, como Besta, New Winds e Decreto 77, Rodrigo afirma que agora o objetivo é recuperar parte desse tempo perdido. “Estamos ansiosos para nos vermos, falando a mesma língua, com histórias, estruturas de vida e cenas distintas que venham a agregar”.
Sobre o atual cenário político, o vocalista afirma que o quarteto tem notado um crescimento do neofascismo em toda a Europa e que o Dead Fish “vem para somar na luta contra essa peste”.
Datas da digressão europeia:
31.07 – Fiber Magee – Dublin/Irlanda
02.08 – a confirmar – Irlanda
03.08 – Rebellion fest – Blackpool/Reino Unido
04.08 – Record Junkee – Sheffield/Reino Unido
05.08 – Easy Fest - The Bank Top Tavern – Oldham/Reino Unido
06.08 – Black Heart – London/Reino Unido
07.08 – Exchange (Basement) - Bristol/Reino Unido
08.08 – Bear Cave - Bouremouth/Reino Unido
09.08 – The Pipelie - Brighton/Reino Unido
15.08 – SO36 – Berlin/Alemanha c/ United And Strong
18.08 – Musicbox – Lisbon/Portugal
19.08 – a confirmar – Portugal
20.08 – Hard Club – Porto/Portugal
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