A Sinfónica será dirigida por Vasco Pierce de Azevedo, maestro com o qual o fadista tem colaborado regularmente, nomeadamente quando acompanhado pela Sinfonietta de Lisboa.

Carlos do Carmo, filho da fadista Lucília do Carmo, é intérprete de êxitos como “Por morrer uma andorinha”, “Bairro Alto” e “Canoas do Tejo”.

O espetáculo, marcado para as 21:00, conta com a participação do espanhol Antonio Serrano, intérprete de harmónica, colaborador habitual de Paco de Lucía, e os dos músicos que habitualmente acompanham o fadista, designdamente José Manuel Neto, na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença, na viola, e Marino Freitas, na viola baixo, todos já distinguidos com o Prémio Amália Rodrigues para Melhor Instrumentista.

Carlos do Carmo, 73 anos, gravou o primeiro disco, um EP, em 1963, com o quarteto de Mário Simões e, nesse mesmo ano, outro EP com a orquestra de Joaquim Luís Gomes.

Ao longo da carreira gravou cerca de 30 álbuns de estúdio, além de vários singles e registos de atuações ao vivo, nomeadamente no Olympia, em Paris, na Alte Oper, em Frankfurt, e no Casino Estoril, em Cascais.

Recentemente, gravou um álbum com composições do maestro António Victorino d’Almeida, acompanhado ao piano por Maria João Pires.

No âmbito das celebrações do seu cinquentenário artístico, o fadista atuou, em junho passado, nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, no mesmo mês em que a Universal Music editou, em CD, toda a sua discografia, desde 1970 até 2012.

O fadista fez parte da equipa coordenadora da candidatura do Fado a Património Cultural Imaterial da Humanidade, e, ao lado de Mariza, foi seu embaixador.

O criador de “Os putos” e “O homem das castanhas” foi agraciado, em 1997, com o grau de comendador da Ordem do Infante.

Entre os galardões que recebeu, contam-se o Prémio José Afonso, em 2003, o Prémio Goya para a melhor canção original, em 2008, por “Fado da saudade”, de Fernando Pinto do Amaral, na música do Fado Menor em Versículo, atribuído a Alfredo Marceneiro.

Carlos do Carmo recebeu também o Globo de Ouro de Mérito e da Excelência, da Caras/SIC, o Prémio Consagração de Carreira, da Sociedade Portuguesa de Autores e é cidadão honorário do Rio de Janeiro e membro do Claustro Ibero-Americano das Artes.

Antes de subir ao palco do grande auditório do Centro Cultural de Belém, Carlos do Carmo atua, no dia 28 agosto, no Festival do Crato, no Alto Alentejo, no dia 21 de setembro, no Casino da Póvoa, na Póvoa de Varzim, e no dia 05 de outubro, na Casa da Criatividade, em S. João da Madeira.

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