"A Direção Regional de Cultura do Norte é favorável à classificação do centro comercial Stop como imóvel de interesse municipal", pode ler-se numa resposta da DRCN a questões da Lusa, a propósito da classificação do centro atualmente utilizado como polo cultural.
A DRCN indicou ainda à Lusa que "o processo vai ser encaminhado para a Direção Geral do Património Cultural (DGPC) para decisão final".
Em causa está a classificação do Centro Comercial Stop como imóvel de interesse municipal, aprovada por unanimidade pelo executivo da Câmara do Porto a 6 de novembro.
A aprovação do início do procedimento de classificação implica, ao abrigo da Lei de Bases do Património Cultural, a constituição de uma zona geral de proteção de 50 metros.
A 9 de novembro, os artistas que utilizam o centro comercial onde funcionam salas de ensaio e estúdios, salientaram que a aprovação da classificação municipal do Stop “poderá ser um marco significativo” na preservação do espaço, mas alertaram que aquela tem de resultar em “ações concretas” no sentido de “assegurar de imediato” a segurança e a continuidade da comunidade no local.
“É e será essencial estabelecer-se um entendimento imediato e o maior contacto possível entre a Câmara Municipal do Porto, o condomínio e os proprietários do edifício com todos os membros dessa mesma comunidade artística e dos lojistas”, frisaram.
A 14 de novembro, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, disse que a classificação do centro comercial Stop enquanto imóvel de interesse municipal, resolve “parte do problema” e que só a implementação de espaços de criação artística resolvem o problema dos músicos.
O Stop, onde maioritariamente funcionam salas de ensaio e estúdios, viu a maioria das suas frações serem seladas a 18 de julho, deixando quase 500 artistas e lojistas sem terem para onde ir, mas reabriu a 4 de agosto, com um carro de bombeiros à porta.
O Stop vai continuar a funcionar por tempo indeterminado na sequência de uma providência cautelar interposta pelos proprietários à decisão da câmara de encerrar o edifício, confirmou a 22 de setembro o presidente da Câmara do Porto.
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