O certame é organizado pela Academia de Música de Espinho, cujo auditório constitui o principal palco do evento, mas o responsável pela programação anuncia que irá manter-se a filosofia de alargamento a outros cenários que teve início em 2014 e incluiu, por exemplo, concertos de piano na secção de legumes do mercado semanal da cidade.

"Em 2014 chegámos a um público muito mais numeroso e tivemos níveis de assistência e participação surpreendentes", declarou João Pedro Santos à Lusa.

"Por isso é que no 41.º FIME se mantém essa ideia-mestra de diversificação de espaços, já que deixámos de fazer os concertos todos no Auditório de Espinho e passámos a utilizar também o Parque João de Deus, a Capela de Nossa Senhora da Ajuda e a Praça Dr. José Salvador, em frente à Câmara Municipal", acrescenta.

A linha geral da programação continua a ser a aposta em grandes artistas nacionais e estrangeiros, em espetáculos pagos ou gratuitos. "Ficou bastante equilibrada e vai proporcionar grandes momentos de partilha artística a quem estiver presente", realça João Pedro Santos.

O FIME arranca a 27 de junho, no auditório da Academia, com o violinista Valeriy Sokolov e o pianista Evgeny Izotov. O primeiro tem apenas 29 anos e afirma-se já "como um dos violinistas mais promissores da sua geração", porque detém vários prémios em concursos internacionais e já tocou com "algumas das mais importantes orquestras nas salas mais emblemáticas do mundo".

Segue-se, a 29, o espetáculo de DUEL, que, no violoncelo e piano, combina Beatles e Igor Stravinsky, Ennio Morricone e Vladimir Cosma, Bee Gees e Erik Satie.

A orquestra de Jazz da Escola Profissional de Música de Espinho apresenta-se a 4 de julho sob direção de Daniel Dias e Paulo Perfeito, num concerto gratuito que leva solos de Gileno Santana, João Mortágua e Andy Hunter ao Parque João de Deus, e no dia seguinte o FIME regressa ao auditório com os concertos encenados do "Cancioneiro da Bicharada", inserido no Festival Júnior.

A 7 de julho Jordi Savall apresenta em trio um "diálogo entre as músicas instrumentais da antiga Espanha, Itália medieval, Marrocos, Israel, Pérsia, Afeganistão, Arménia e antigo império Otomano", e a 8 a Orquestra Clássica de Espinho exibe-se com o clarinetista Dlorent Héau e o pianista Patrick Zygmanowski.

Hopkinson Smith revela a música inglesa da Renascença a 11 de julho, num concerto gratuito na Capela de Nossa Senhora da Ajuda, e o Festival Júnior regressa no dia seguinte com o concerto narrado "Cha Cha Pum".

A 13 de julho há o concerto do violoncelista Jean Guihen Queyras com o pianista Frédérique Lagarde, a 14 atua a banda de Mike Stern e Didier Lockwoodm, a 17 o Quarteto Alfama com o pianista Guillaume Coppola, e a 18 de julho o piano cabe a Angela Hewitt.

O FIME termina a 24 na Praça José Salvador, num concerto de entrada livre a cargo da Orquestra Clássica de Espinho, com direção de Pedro Neves e Romain Garioud ao violoncelo.

@Lusa