
“Temos amantes de música a sério, que estão dispostos a passar alguns sacrifícios para ver e ouvir os seus ídolos. Consegui provar, que era a grande dúvida, se este local era o ideal. Estou muito contente”, afirmou o fundador do festival.
A 17ª edição do festival SBSR decorreu pelo segundo ano consecutivo num recinto de pinhal, de terreno arenoso, perto da localidade de Alfarim, a caminho da praia do Meco, e cujo acesso se faz por uma estreia estrada de duas faixas.
Na quinta-feira, no arranque do festival, registaram-se longas filas de trânsito no acesso ao recinto – com queixas de pelo menos três horas de demora.
No recinto registou-se ainda a presença de constantes nuvens de pó, por causa do piso arenoso.
“Festival de verão sem pó, é comida sem sal, para mim. Isso não vai mudar”, sublinhou Luís Montez.
Quanto às questões logísticas em relação ao trânsito e estacionamento, o promotor afirmou que um dos problemas é “a estrada que vai da rotunda do Marco do Grilo até aqui [ao recinto]". "São cinco quilómetros que têm que ser geridos em tempo real para escoar o trânsito para dois parques de estacionamento: um antes e um depois do festival”, disse.
O outro problema tem a ver com os convidados, criticou. “Não dão valor ao que têm, deixam-se jantar e depois vêm na boa e esperam estacionar em frente ao palco. Para esses é que é complicado”, disse.
Na zona de campismo, este ano ampliada para cinco hectares, Luís Montez mencionou a presença de 16.000 pessoas, mas afirmou que é possível melhorar as condições, criando, por exemplo, mais arruamentos e aumentar a zona de chuveiros. “A minha preocupação é manter o nível do cartaz”, sublinhou.
Este ano o evento contou com bandas como Arcade Fire, Arctic Monkeys e The Strokes – que atuaram ontem à noite –, nomes que fizeram com que o festival tivesse esgotado.
A capacidade do recinto é oficialmente para 30.000 pessoas, mas na sexta-feira estariam seguramente muitas mais, a avaliar pela massa compacta presente no recinto muitos metros para lá do palco principal.
O festival mereceu ainda uma referência na edição de hoje no jornal espanhol El Mundo.
“Super Bock, a opção baixo custo a Benicàssim”, escreveu hoje o diário, numa referência à coincidência de datas entre o festival português e o evento espanhol, com cartazes coincidentes em relação a bandas estrangeiras.
Aliás, o festival SBSR contou com muitos espetadores espanhóis que optaram por estar em Portugal em vez de ir a Benicàssim, possivelmente porque os bilhetes são metade do preço e o evento combina sol, música e praia.
“A prova dos nove foi feita e vamos ficar aqui mais dez anos”, garantiu Luís Montez sem ter adiantado datas para a edição de 2012.
@Lusa
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