Na opinião do ex-White Stripes, é "vergonhoso" que instrumentalistas do sexo feminino sejam vistas como uma “novidade” e que as mulheres tenham de “trabalhar o dobro para provar” que são igualmente capazes.

Em conversa com Mike McCready, guitarrista dos Pearl Jam, na rádio SiriusXM, e quando questionado sobre a sua decisão em ter apenas mulheres a acompanhá-lo em palco, em diversas ocasiões, White respondeu:

“Era uma forma fantástica de provocar os músicos e incitar os fãs que estavam a assistir a pensarem em algo. Eu sei que, quando havia os White Stripes, o facto de a Meg ser mulher condicionava a perceção do que estava a acontecer em palco”, continuou.

“Quando tens só mulheres [em palco] e mulheres como líderes, há uma perceção diferente. É vergonhoso que uma mulher subir ao palco com um instrumento – guitarra ou bateria, ou outra coisa – seja uma novidade para as pessoas, do género: ‘Oh, não é tão fofo?’”, continuou, concluindo:

“Mas a maior vergonha é que as raparigas tenham de trabalhar o dobro para provar verdadeiramente que são capazes, elas não têm a missão facilitada… Mas, no fim de contas, conseguem algo melhor do que qualquer músico de sexo masculino banal, porque elas querem, de facto, provar o que valem, porque são postas numa posição onde são obrigadas a fazer isso mesmo”.