O disco chama-se "Leiria Calling" e é da iniciativa da Omnichord Records, editora de Leiria que selecionou um conjunto de artistas que marcam o atual momento criativo da cidade, onde têm surgido múltiplos projetos de diferentes quadrantes musicais.
Para Hugo Ferreira, um dos responsáveis da editora, trata-se de uma "vaga criativa" que surgiu na sequência de anos de experiências acumuladas na música.
O aparecimento de bandas nas escolas, "sempre contra-corrente" e em áreas como o metal, o punk, a electrónica, o rock gótico ou experimental, cruzou-se com o facto de existir na região "a maior concentração de filarmónicas por metro quadrado" e "duas grandes escolas de música que começaram a dar aos mais novos noções muito importantes para tocar e aprender a ouvir".
Assim, Leiria pós-Silence 4 - a exceção pop - revela-se uma cidade virada para a música independente, também inspirada pela influência dos festival Fade In e Entremuralhas.
É essa realidade que "Leiria Calling" quer mostrar, promovendo, "de forma independente e apenas com capital próprio, a cultura de qualidade da região de Leiria a nível nacional", afirma Hugo Ferreira.
O disco, uma edição de 16 mil exemplares a distribuir gratuitamente com a revista "Blitz" de julho, inclui temas de Nice Weather For Ducks, First Breath After Coma, Bússola, Les Crazy Coconuts, Born A Lion, The Allstar Project, Nuno Rancho & A Few Fingers, André Barros, Yesterday, Les Enfants Terribles e Horse Head Cutters.
"Leiria Calling" vai buscar o nome e a imagem a um disco histórico dos Clash, que, por sua vez, era um tributo ao primeiro trabalho de Elvis Presley.
"Os Clash basearam-se na capa do magnífico disco de estreia de Elvis Presley para criar aquela que é uma das mais marcantes imagens da cultura pop/rock e que ilustra uma obra prima. Como melómanos assumidos, prestamos homenagem a estes dois momentos inspiradores, contextualizados no universo de uma cidade pequena mas cheia de história e de gente que quer fazer acontecer", sublinha o responsável da Omnichord Records.
@Lusa
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