O programa de quinta-feira inclui os concertos nº 1 e nº 2 para piano e orquestra, e os poemas sinfónicos «Prelúdios» e «Orfeu», do compositor húngaro.
Integra ainda o programa do concerto as transcrições para piano, feitas por Franz Liszt, da abertura da ópera de Richard Wagner, «Tannhäuser», e ainda a ária «O du mein holder Abendstern», desta ópera.
Nascido há 200 anos, Liszt foi no um caso de sucesso invulgar como virtuoso pianista, tendo percorrido a Europa, atuando em diversas cidades, nomeadamente Lisboa, o que lhe granjeou fama e dinheiro. Depois de ter deixado de tocar, Liszt dedicou-se em exclusivo à composição.
«Prelúdios», composto em 1848, é o terceiro de uma série de poemas sinfónicos compostos por Liszt e foi estreado em 1854 no Hoftheater, em Weimar, na Alemanha.
«Orfeu» foi composto entre 1853 e 1854, é o quarto da série de poemas sinfónicos, tendo sido estreado em fevereiro de 1854. Foi dedicado à grã-duquesa Maria Pavlovna, mecenas do compositor.
Franz Liszt foi sempre um admirador confesso e defensor de Richard Wagner, com quem casou a sua filha Cosima.
De Wagner, Liszt transcreveu para piano algumas peças e óperas, entre elas, «Tannhäuser», da qual se escutará a abertura e uma das árias,
Artur Pizarro, de 43 anos, integra uma «linhagem pianística» a partir de Liszt.
Tendo atuado pela primeira vez em público com três anos, Artur Pizarro foi durante 15 anos aluno do pianista Sequeira Costa, que por sua vez fora aluno de do compositor Vianna da Motta, que estudou em Weimar, em finais do século XIX, com Franz Liszt.
Detentor de um Prémio Vianna da Motta, Artur Pizarro tem-se apresentado em diversas salas de concertos internacionais e festivais e atua regularmente em Portugal.
O concerto de quinta-feira, o primeiro deste ano na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, está marcado para as 21:00.
@Lusa
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