O concerto extra está marcado para o dia 1 de dezembro e, tal como o previsto para o dia 30 de novembro, insere-se nas celebrações dos 50 anos de carreira do fadista.

Nos dois concertos, o criador de “Por morrer uma andorinha” atua com a Orquestra Sinfónica Portuguesa dirigida por Vasco Pearce de Azevedo, e conta ainda com a participação dos músicos José Manuel Neto (guitarra portuguesa), Carlos Manuel Proença (viola), José Marino Freitas (viola baixo) e Antonio Serrano (harmónica).

O grande auditório do CCB tem uma lotação de 1.200 lugares. Esta é uma sala onde o fadista já atuou várias vezes.

Carlos do Carmo, de 73 anos, tem realizado vários espetáculos no âmbito dos 50 anos de atividade artística, nomeadamente o concerto realizado em junho passado nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

A Universal Music, que editou em CD a discografia do criador de “O Homem das Castanhas”, de 1970 a 2012, anunciou que um novo álbum de Carlos do Carmo, “Fado é Amor”, será editado no dia 4 de novembro. Trata-se de um álbum de duetos, com participações, entre outros, de Camané, Ricardo Ribeiro, Ana Moura, Carminho e Mariza. Aldina Duarte, Cristina Branco, Mafalda Arnauth, Marco Rodrigues e Raquel Tavares são outros dos participantes, todos acompanhados por José Manuel Neto, Carlos Manuel Proença e José Marino Freitas.

“A encerrar o disco, Carlos do Carmo junta-se à sua mãe, Lucília do Carmo, para um dueto póstumo no tema ‘Loucura’, cuja gravação original da sua voz data de 1960”, afirma em comunicado a discográfica. Com Camané, Carlos do Carmo partilha a interpretação de “Por Morrer Uma Andorinha” e, com Mariza, o fado “Júlia Florista”.

Carlos do Carmo gravou o primeiro disco, um EP, em 1963, com o quarteto de Mário Simões e, nesse mesmo ano, outro EP com a orquestra de Joaquim Luís Gomes.

Ao longo da carreira gravou cerca de 30 álbuns de estúdio, além de vários singles e registos de atuações ao vivo, nomeadamente no Olympia, em Paris, na Alte Oper, em Frankfurt, e no Casino Estoril, em Cascais.

Recentemente, gravou um álbum com composições do maestro António Victorino d’Almeida, acompanhado ao piano por Maria João Pires.

O fadista fez parte da equipa coordenadora da candidatura do Fado a Património Cultural Imaterial da Humanidade, e, ao lado de Mariza, foi seu embaixador.

O criador de “Os putos” e “Canoas do Tejo” foi agraciado, em 1997, com o grau de comendador da Ordem do Infante.

Entre os galardões que recebeu, contam-se o Prémio José Afonso, em 2003, o Prémio Goya para a melhor canção original, em 2008, por “Fado da saudade”, de Fernando Pinto do Amaral, na música do Fado Menor em Versículo, atribuído a Alfredo Marceneiro.

Carlos do Carmo recebeu também o Globo de Ouro de Mérito e da Excelência, da Caras/SIC, o Prémio Consagração de Carreira, da Sociedade Portuguesa de Autores, e é cidadão honorário do Rio de Janeiro e membro do Claustro Ibero-Americano das Artes.

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