Marco Rodrigues recebeu, em 2008, o Prémio Revelação Amália Rodrigues. Mais tarde, dividiu com Mafalda Arnauth o tema «Valsa das Paixões», parte integrante do seu álbum «Tantas Lisboas», editado em 2010.

A cumplicidade passou do estúdio para os palcos e os jovens fadistas apresentam-se em conjunto em espetáculos. Em palco são acompanhados pelos músicos Luís Guerreiro (guitarra portuguesa), Nelson Aleixo (viola) e André Moreira (baixo acústico).

Nortenho de origem, foi apenas com a mudança para Lisboa que Marco Rodrigues despertou interesse pelo género musical do qual, até à data, conhecia apenas pela voz de Amália.

Concorrente à Grande Noite do Fado em 1999, o jovem cantor venceu na categoria de Sénior com apenas 16 anos de idade. Poucos meses mais tarde, estreou-se como profissional no Café Luso, espaço onde atualmente exerce a função de diretor artístico, para além de ser fadista e viola residente.

Desta incursão de Marco Rodrigues pelo mundo do fado resultaram dois álbuns – «Fados da Tristeza Alegre» (2006) e «Tantas Lisboas» (2010) – e incontáveis apresentações a solo ou em colaboração com nomes do fado, como Carlos do Carmo, Mariza ou Ana Moura.

Por sua vez, Mafalda Arnauth manteve uma estreita ligação com o fado desde a infância, sem nunca ter perspetivado uma carreira artística.

Ainda estudante, Mafalda Arnauth é transportada para o mundo dos palcos, dos ensaios e das casas de fado, nas quais cresce artisticamente com as palmas, a apreciação do público e a autodescoberta através do canto.

O primeiro álbum é homónimo – «Mafalda Arnauth» (1999) –, foi aclamado pela crítica e recebeu o prémio de voz revelação do ano do semanário «Blitz».

O sucesso repete-se dois anos mais tarde com «Esta Voz Que Me Atravessa», trabalho discográfico em parte dedicado ao fado.

Em 2003, Mafalda Arnauth lança «Encantamento», no qual surge como compositora, assinando quase todas as faixas.

Em 2005, a fadista edita «Diário», um álbum que abrange todas as inspirações da vida. Quatro anos mais tarde, em 2009, integrao projeto “Rua da Saudade”, onde, juntamente com Viviane, LuandaCozetti e Susana Félix,dá voz a letras originais de José Carlos Ary dos Santos.

Interrompendo as constantes presenças nas maiores salas de espetáculos nacionais e internacionais, Mafalda Arnauth regressou ao estúdio no ano de 2010 para gravar «Fadas», um registo que se consubstancia numa homenagem aos grandes nomes femininos do fado.