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O músico Manuel Rebelo, dos Tetvocal, estreia-se a solo com “Voice n’Drum”, um álbum de originais, músicas e letras de sua autoria, sendo apenas acompanhado nas percussões por João Ferreira. “Quis fazer um disco o mais 'meu' possível, daí ser o autor de todas as dez canções - música e letra -, e fazer ainda todas as vozes, o que a tecnologia hoje já permite”, disse o cantor à Lusa. O álbum, já disponível em http://vocalemotion.com/, é apresentado no dia 13 de setembro na sede da Fundação da Liga Portuguesa de Deficientes Motores, na rua do Sítio ao Casalinho da Ajuda, em Lisboa. Refira-se que, na compra do álbum, um euro reverte para esta instituição. “Tive sempre esta preocupação de juntar à cultura o fator de solidariedade e a Liga faz um bom trabalho”, afirmou. “Doce Cigana”, “Penso em ti” e “Ao fim do tempo” são algumas das canções que Manuel Rebelo interpreta apenas acompanhado por percussão. Com base neste álbum de estreia, o músico tem outros projetos, nomeadamente, uma edição que inclui “workshop vocal”, já que dirige a Academia Vocal Emotion. A edição em formato “box” intitular-se-á “Vox Experience” e “inclui, além do workshop, materiais de trabalho vocal como um guia de audição do disco, e versões das músicas sem voz ‘lead’, para que possam ser cantadas como exercícios”. Outro projeto é a realização de concertos com “oito cantores mascarados de Manuel Rebelo”, que pretende levar aos festivais internacionais de jazz, "integrando, no alinhamento, outros autores como George Gershwin”. O CD “Voice n’Drum” surge num período de “reflexão” dos Tetvocal, banda especializada na interpretação exclusivamente vocal de êxitos musicais. “A voz é o mais prodigioso instrumento musical e é o único capaz de passar ao mesmo tempo texto e melodia”, sublinhou à Lusa o cantor. Manuel Rebelo, 34 anos, iniciou os estudos musicais aos seis anos. Estreou-se aos sete nos palcos, participando no coro infantil da “Paixão segundo S. Mateus”, de J. S. Bach, numa interpretação pelo coro e orquestra Gulbenkian, sob a batuta do maestro Michel Corboz. Integra o Coro Gulbenkian desde 2000 e passou a fazer parte dos Tetvocal em 2002. Entre outros agrupamentos é membro fundador da Chapela Patriarchal e do Coro da Casa da Música, colaborando regularmente com as Voces Caelestes, Concertus Antiquus e o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos. Licenciado em Formação Musical pela Escola Superior de Música de Lisboa, fez estudos no Instituto Gregoriano de Lisboa e de canto no Conservatório Nacional, com Rute Dutra. Atualmente frequenta um mestrado em Direção Coral no Instituto Piaget, sob a orientação de Paulo Lourenço. Como regente coral, Manuel Rebelo iniciou atividade em julho de 2007, dirigindo um concerto de solidariedade com obras de Eurico Carrapatoso, Alessandro Scarlatti e Johann Sebastian Bach, para coro de câmara e contínuo (acompanhamento instrumental). Atualmente está a desenvolver um projeto de quinteto vocal/instrumental com João Gil, Luís Represas, Diana Vinagre e Manuel Paulo, a editar brevemente. @SAPO/Lusa <
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