
A iniciativa, intitulada “Pedreira dos Sons”, arranca hoje à noite, às 21:00, com as sonoridades da música clássica pelo Ensemble de Trompetes Elite Five e a Orquestra Clássica da Universidade de Évora (UÉ), divulgou o município de Viana do Alentejo.
No sábado, o programa arranca mais cedo, às 15:30, com um espetáculo infantil composto por três contos tradicionais, com atores e músicos da Escola de Artes da academia alentejana.
À noite, é a vez de um recital de piano com António Cartaxo e da atuação da Orquestra de Jazz Bop and Beyond da UÉ, terminando a iniciativa, às 21:00 de domingo, com o Quarteto de Clarinetes Da Capo e a Orquestra de Guitarras da universidade.
O diretor da Escola de Artes da UÉ, Cristopher Bochmann, explicou hoje à agência Lusa que estes concertos, de entrada livre, são uma oportunidade para “apreciar a música de forma diferente”.
“E também para sentir a qualidade da pedra e das suas qualidades acústicas. A música não vai ser amplificada e, por isso, vai ser a própria pedra a refletir o som dos instrumentos”, realçou.
Segundo o também maestro e compositor, as antigas pedreiras, nomeadamente as de mármore, são anfiteatros naturais de excelência para este tipo de iniciativas.
“São espaços que já não são utilizados e alguns deles têm características muito próprias, não só arquitetónicas e visuais, como também acústicas”, disse.
Em relação às pedreiras, existe a ideia generalizada de que “são buracos muito fundos, com água e com muito eco”.
Mas, no caso do espaço escolhido em Viana do Alentejo, “por terem utilizado máquinas tão potentes, a pedreira não é muito funda”.
Como consequência, continuou, “com a forma em que ficou, funciona praticamente como um palco, com uma espécie de parede atrás e duas paredes laterais”, o que permite “refletir muito bem o som para o público”.
Os interessados em assistir aos espetáculos vão poder ficar distribuídos pela pedreira, sentados, no chão e em cadeiras colocadas pela autarquia, ou de pé, na zona térrea junto dos músicos ou nas encostas do espaço.
A iniciativa “Pedreira dos Sons” faz parte do projeto camarário “Saber dos Sons”, iniciado em abril de 2011, em colaboração com o maestro Christopher Bochmann.
@Lusa
Comentários