Karlon e Praga, dois descendentes de cabo-verdianos, juntaram-se em 1994 nos arredores de Lisboa. As rimas e batidas marcaram os primeiros anos dos Nigga Poison. O ritmo a que debitam as palavras mudou, mas a mensagem mantém-se essencial.

O novo trabalho é “mais maduro”, disse Karlon em declarações à Lusa.

O que mudou entretanto foi, acima de tudo, “a maneira de [a dupla] ver a vida”, assim como a música que ouvem e os vai influenciando.

Karlon tem 32 anos, entretanto foi pai e já não ouve só hip-hop.

Jazz, house, música clássica, dubstep, são ritmos que também o inspiram hoje em dia.

O último disco dos Nigga Poison, “Resistentes”, que data de 2006, era “90 por cento hip-hop”. “Simplicidadi”, deste ano, é, nas palavras de Karlon, uma mistura de hip-hop com reggae, house, dubstep, batucada e drum and bass.

Nos dez temas que compõem o disco, Karlon e Praga cantam “as próprias vivências”. Em “Sem grana”, desabafam sobre a crise e os efeitos na vida de cada um, em “Força Vai em Frente” debitam, com Valete e Sam the Kid, “a motivação do hip-hop puro” e “Abo é Free” é um “reggae de auto-estima”.

Além de Valete e Sam the Kid, “Simplicidadi” conta ainda com a participação dos Kumpania Algazarra, Beat Laden (Batida), Papa Juju (Terrakota), Luís Simões (Blasted Mechanism) e Laton (Kalibrados).

Hoje, no Musicbox, em Lisboa, Karlon promete um concerto “muito energético”, no qual, além dos temas novos, haverá espaço para os mais antigos.

Em palco com a dupla estará, na “maquinaria eletrónica”, Beat Laden e o preço do bilhete do concerto inclui o álbum.

@Lusa