Orquestra fez playback na cerimónia de posse de Obama

O corpo da Marinha dos Estados Unidos confirmou nesta terça-feira que o hino norte-americano tocado na cerimónia de posse de Barack Obama foi interpretado em playback pela banda, sem fornecer maiores detalhes sobre se Beyoncé fez o mesmo. A versão de "Star Spangled Banner" interpretada pela Banda da Marinha apresentada nesta segunda-feira não foi uma interpretação, mas uma gravação, explicou o famoso Corpo da Marinha norte-americana em um comunicado. Como a banda não conseguiu ensaiar com Beyoncé, "decidiu-se que uma apresentação ao vivo não era um risco a ser assumido num evento tão importante", ressalta o comunicado. No que se refere à atuação da cantora norte-americana, o comunicado indica que "ninguém na orquestra da Marinha pode dizer se foi ao vivo ou gravada". Uma porta-voz da orquestra citada pelo The New York Times revelou que, logo antes de Beyoncé subir ao palco, os músicos foram informados de que ia ser tocada uma versão do hino pré-gravada no dia anterior com a voz de Beyoncé, em vez de uma apresentação ao vivo da banda. "Não sabemos porquê", declarou a porta-voz, a sargento-major Kristin duBois. "Mas isso foi o que nos disseram para fazer... Não é que Beyoncé não saiba cantar... Todos sabemos que Beyoncé sabe cantar. Todos sabemos que a Banda da Marinha sabe tocar", acrescentou. A porta-voz da cantora que vai apresentar-se no intervalo do Super Bowl, a grande final do campeonato de futebol americano, em fevereiro, não acedeu a uma solicitação de comentário por e-mail da AFP sobre se a atuação foi ao vivo ou playback. O assunto tornou-se ainda mais misterioso quando foi divulgada na rede social Instagram uma foto a preto e branco, tirada no domingo, na qual é possível ver Beyoncé em um estúdio na companhia de três soldados. A Banda da Marinha americana é conhecida como a banda do presidente pelo seu antigo vínculo à Casa Branca e pela participação em eventos importantes. Os músicos tocaram ao vivo durante a maior parte da cerimónia de segunda-feira diante do Capitólio, mas antes de qualquer grande evento gravam o repertório como medida de precaução. @SAPO/AFP<