
A 21.ª edição do festival Paredes de Coura, a decorrer até dia 17, não prima especialmente por ter nomes de gabarito mundial em palcos, mas para quem os monta e dirige, como para quem lá atua, continua a valer pelas bandas e artistas em ascensão.
É, todavia, quem assiste aos concertos que decide quem vinga no circuito ou acaba remetido a outro tipo de atuações. Para Bárbara, Pedro, Joana e Jorge, todos naturais do Porto, nenhum abaixo dos 19 anos, nenhum acima dos 21, o festival que visitam pela primeira vez "é conhecido por revelar grandes nomes".
"São nomes que só vão começar a ser conhecidos daqui a dois, três anos", dizem à Lusa, adiantando que fazem "o trabalho de casa", ou seja, pesquisar os nomes que veem em cartaz para depois os avaliar ao vivo. E revelam "alguma curiosidade por Alabama Shakes e Calexico".
Serafim Ribeiro, por outro lado, tem a seu cargo a direção do palco principal de Paredes de Coura há já oito anos consecutivos. Mal vê concertos - "apenas uma escapadinha para ver um ou outro bocado" - e começou a planear esta edição em novembro de 2012. No arranque de um certame que ao longo de 21 edições acolheu dezenas de bandas e artistas consagrados, o "stage manager" constata que muitas vezes são os "novatos" que levantam mais problemas. "Lembro-me perfeitamente que a bandas que mais me tocaram foram os Nine Inch Nails e os The Cult, porque fizeram parte da minha adolescência e foi muito bom contactar com eles e perceber que eles não são as ‘mega-stars' que muita gente pensa", lembra o diretor de palco.
A edição de 2013 do do Vodafone Paredes de Coura prevê a atuação de diversos projetos musicais de renome ou mero potencial, desde Unknown Mortal Orchestra a Little Boots, passando por Hot Chip, Veronica Falls ou The Horrors, assim como Echo and the Bunnymen, Noiserv, Black Bombain, Belle and Sebastian, Justice ou Ducktails, até ao próximo sábado.
@Lusa
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