Formados em 2018, no Montijo, por um conjunto de músicos que já tinham passado por outros projetos, os Hetta lançaram o EP de estreia no ano passado, intitulado “Headlights”, composto por seis temas, metade dos quais com menos de dois minutos de duração.

Este ano, já lançaram um ‘split’ com os finladeses Alas e Letterbombs e os norte-americanos Apostles of Eris, pela editora canadiana Zegema Beach, que editou também a compilação “Not Just a Phase Vol. 2”, da qual constam com o tema “Super Cargo!”.

O grupo privilegia o palco, como disse à Lusa o vocalista Alex Domingos, e tem várias datas adicionais agendadas até novembro, pelo menos, como o encontro MIL, no dia 27 de setembro, em Lisboa, e concertos no X-Treme Bar, em Castelo Branco (29 de setembro), Xapas Lounge, em Paredes de Coura (27 de outubro), na ADAO, no Barreiro (17 de novembro), e no Woodstock 69 Rock Bar, no Porto (24 de novembro).

Apesar de não estarem a gravar neste momento, mas sim a criar novos temas – três dos quais contam apresentar no Amplifest -, os Hetta prometem para breve novidades, segundo Alex Domingos.

A organização do festival, que arranca hoje no Porto e prossegue até domingo, descreve-os como “uma jovem e altamente prometedora banda do Montijo que é parte da nova vaga do screamo que está a varrer a cena internacional e a permitir um renascimento completo do género”.

O grupo é composto por Alex Domingos, na voz, João Pires, na guitarra, João Portalegre, na bateria, e Simão Simões, no baixo.

“Quando a banda começou não falámos de fazer nada em concreto. O que acabou por acontecer foi que falámos todos, uma semana depois começámos a tocar e foi tudo natural na sala de ensaios”, afirmou Alex Domingos.

Para o vocalista do grupo, de 27 anos, a chegada a sonoridades como o hardcore e o punk fez-se pela ida a concertos, a partir do começo da adolescência, na zona do Montijo, algo que disse partilhar com os restantes membros.

Simão Simões, na mesma conversa com a Lusa, lembrou que já esteve ligado a projetos de áreas musicais distintas daquelas em que os Hetta se movem, como a eletrónica, e ressalvou que chegou “ao punk por segunda mão”, tendo a sua atenção sido captada por bandas como Sunn O))), que lhe abriram a porta a outros sons.

No começo do ano, estiveram em destaque na plataforma Bandcamp, com um texto do jornalista Miguel Rocha intitulado “Hetta estão a mudar as marés do hardcore português”, depois de já terem dado vários concertos em Espanha, com The Only Traces Left Of Sunken Ships.