A banda chegou na segunda-feira a Telavive, no seu avião particular, depois de ter atuado no Rock in Rio Lisboa na semana passada. De acordo com a imprensa israelita, o organizador do evento no Parque Yarkon, na capital israelita, Shuki Weiss, pagou aos Rolling Stones 6,7 milhões de dólares para este concerto.

Quando os Rolling Stones anunciaram em março este espetáculo em Telavive, um porta-voz do movimento Boicote, Desinvestimento, Sanções (BDS), Rafif Ziadah, lembrou que o grupo havia criticado o regime racista do apartheid na África do Sul e disse que Israel também tinha uma política de segregação.

"As organizações palestinas pedem aos Rolling Stones que não se apresentem em Israel e não fechem os olhos para violações dos direitos humanos contra o povo palestino", declarou.

Além das ações coordenadas do BDS, a constante construção de assentamentos israelitas em territórios palestinos tem incentivado iniciativas privadas de boicote aos produtos e serviços associados.

Na Europa, os esforços para exigir rótulos separados para os produtos produzidos nas colónias intensificaram-se quando Israel anunciou uma nova série de construções.

Uma das personalidades mais envolvidas com o BDS é Roger Waters, membro fundador dos Pink Floyd, cuja canção "The Wall" se tornou num hino da luta contra o muro de Israel, descrito como "muro do apartheid" pelos palestinos. Waters pediu a outros músicos para que não se apresentem em Israel em nome do boicote cultural.

@AFP