O álbum abre com “Parto Triste Saludoso”, de Faria e Peixoto, parceria que assina cinco das 16 peças que constituem o álbum. Do repertório histórico, o disco inclui “peças simbólicas da Península Ibérica, que ilustram o amor, a saudade, a partida e a água do mar e a dos olhos”, disse à Lusa Filipe Faria.

O músico acrescenta ainda que “há uma liberdade estética e conceptual [do grupo], a qual passa pela característica assumida de juntar o antigo e o novo, o erudito e o popular”.

Em palco, o coletivo tem apresentado várias composições de sua autoria, que também já tinha gravado no álbum “Terra”, editado em 2011.

O novo álbum “Península”, que contempla “uma viagem mais interior, pelas peças que mais influenciam aquilo que o grupo vai fazendo”, é apresentado este domingo, 23 de dezembro, às 21:00, na FNAC Colombo, em Lisboa.

Do novo álbum fazem parte, entre outras, “Ay luna que reluzes”, de autor anónimo que viveu entre os séculos XVI e XVII - são, aliás, de autores anónimos dez das 16 canções do disco – e “Un cuydado que mia vida tem”, de Luís de Milan (1500-1560), para além das cinco peças de Filipe Faria e Sérgio Peixoto.

“Península” é o terceiro álbum do ciclo “Diáspora”, iniciado em 2008, e do qual fazem parte os discos "Diáspora.pt" e "Terra", que atravessam tempos e lugares, nos quais se cruzaram influências ibéricas e crioulas, nas diferentes expressões musicais.

Filipe Faria e Sérgio Peixoto (voz), Pedro Castro (flautas, oboé barroco e charamela), Sofia Diniz (viola da gamba), Duncan Fox (violone) e Rui Silva (percussões) formam os Sete Lágrimas.

@SAPO/Lusa