A estrela colombiana Shakira iniciou a sua digressão mundial "Las mujeres ya no lloran", a primeira em sete anos, com um concerto eletrizante na noite de terça-feira no Rio de Janeiro.

A artista de 48 anos apresentou um espetáculo que alternou as canções do seu 12.º álbum, que dá nome à digressão, com seus clássicos no estádio olímpico Nilton Santos.

"Boa noite, Rio de Janeiro!, tudo bem?", afirmou a colombiana, que falou em português durante todo o concerto.

Com luzes e efeitos visuais de última geração, Shakira passou por todas as etapas das suas três décadas de carreira, desde que conquistou o mercado latino com "Pies descalzos" em 1995.

A cantora abriu o concerto com "La suerte", "Te felicito" e "Monotonía". Ao longo de duas horas e meia, interpretou sucessos como "Hips Don't Lie", "Inevitable", "La Bicicleta", "Chantaje" e "Waka Waka (This Time for Africa)", o hino oficial do Mundial de 2010.

A colombiana celebrou a música latina, poucos dias após vencer o Grammy de melhor álbum pop latino, prémio que dedicou aos imigrantes nos EUA, ameaçados de deportações em massa pelo presidente Donald Trump.

Shakira também cantou "Mama África", do cantor e compositor Chico César, um carinho aos fãs brasileiros, que chamou de "melhor público do mundo".

"A música cura"

Shakira no concerto em Rio de Janeiro

No final da apresentação, a colombiana apresentou 'Shakira: Bzrp Music Sessions, Vol. 53', a música que gravou com o produtor argentino Bizarrap e que se tornou um fenómeno global.

Lançada após a sua separação mediática do ex-jogador de futebol Gerard Piqué em 2022, ao fim de 12 anos de relacionamento, tornou-se uma espécie de hino de dor e vingança. A música foi cantada com entusiasmo pelos fãs no Rio de Janeiro.

Durante o concerto, a colombiana mencionou diversas vezes a palavra "resiliência".

"A música cura", afirmou. "Amar outra pessoa é muito bonito, mas mais bonito é amar a si mesma", disse.

"Acho que ela está a viver uma fase esplêndida da carreira. Ela reinventou-se, passou por um momento muito difícil da vida pessoal. E hoje está mais forte do que nunca. Acho que este concerto veio para coroar esse momento", declarou à France-Presse Juliana Modenesi, de 40 anos, que viajou do Espírito Santo.

A digressão mundial anterior de Shakira, El Dorado World Tour, aconteceu em 2018.

Com mais de 90 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo, quatro Grammys e 11 Grammys latinos, Shakira consolidou-se como uma das artistas latinas mais bem-sucedidas da história.

O álbum "Las mujeres ya no lloran", lançado em março de 2024, inclui colaborações com artistas como Rauw Alejandro, Karol G, Ozuna e Cardi B.

A cantora vai apresentar-se na quinta-feira em São Paulo e depois seguirá para o Peru, Colômbia, Chile, Argentina e México.