Parece distante o ano de 2004 quando o nome desta britânica com origens no Sri Lanka começou a deixar de ser desconhecido. A música “Galang” foi apenas a segunda que M.I.A. compôs mas chegou para criar o buzz necessário para assinar com uma editora independente.

“Arular”, o primeiro disco de originais, foi imediatamente aclamado pela crítica e serviu para apresentar ao mundo o caldeirão de referências musicais, muitas delas desconhecidas para a maior parte das pessoas, e de uma postura activista que marcou logo à partida.

Ao segundo disco, “Kala”, críticos e melómanos continuaram rendidos ao autêntico banquete de música e ferocidade proporcionado por M.I.A. Foi com esse álbum que foi nomeada para os Brit Awards, Bet Awards e para um Grammy, e foi também por essa altura que a revista norte-americana TIME a considerou uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.

Se o primeiro álbum foi baptizado com o nome de guerrilha do pai e o segundo teve o nome da mãe, ao terceiro disco de originais M.I.A. decidiu dar o seu nome, “Maya” ou ///Y/, e é este o registo que vem apresentar no Palco TMN do festival Sudoeste.

A recepção a este disco não foi a mais calorosa mas a fama de “espalha-brasas” que M.I.A. carrega está num dos seus pontos mais altos. Mais do que referências à sua música, os media dão espaço às tiradas polémicas da artista, como as acusações da ligação do Facebook à CIA ou as críticas a figuras populares como Oprah ou Lady Gaga.

Esta é a segunda vez que M.I.A. actua em Portugal depois de uma actuação no festival de Paredes de Coura, em 2007.

Para além de Maria Gadú, Bomba Estereo, The Flaming Lips e Groove Armada no Palco TMN, o Sudoeste vai ter mais música. No palco Planeta Sudoeste tocam Marcio Local, Rye Rye e The Very Best. Para os fiéis do reggae a “ementa do dia” propõe Lyre Le Temps, Tarrus Riley, Israel Vibration e Richie Campbell. No palco Groovebox, a electrónica segue a cargo de Kruder & Dorfmeister, Social Disco Club, Hot Natured e Rui Vargas & André Cascais.