Recorde-se que Reznor encerrou a cerimónia ao lado de Dave Grohl, Lindsey Buckingham e dos Queens Of The Stone Age, que interpretaram um mash-up de Copy Of A, dos Nine Inch Nails, e de My God Is The Sun, dos QOTSA – performance não transmitida na sua totalidade, devido às habituais limitações temporais das estações televisivas, nomeadamente da CBS, que começou a passar os créditos e os patrocínios da transmissão ainda a atuação ia a meio.

A reação de Trent Reznor não se fez esperar, com o líder dos Nine Inch Nails a escrever na sua conta de Twitter: “A maior noite da música… para ser desrespeitado. Um cordial FUCK YOU para vocês”.

Agora, numa nova entrevista com a neozelandesa 3 News, o músico voltou a abordar a polémica atuação, alegando não estar arrependido da decisão de atuar no evento, que considerou, no entanto, “um total desperdício de tempo”.

“Foi um desperdício de tempo”, disse Reznor, que admitiu ainda que, apesar de se ter sentido lisonjeado pelo convite, nunca foi fã dos Grammy Awards.

“Eu pensei da seguinte forma: ‘Ok, se o fizermos, quais seriam as mais-valias?’. E o Josh e eu passámos bastante tempo a falar sobre os prós e os contras. Vocês sabem: ‘Queremos participar num espetáculo de merda na televisão? Não, nem por isso. Queremos ser associados aos Grammys? Não, nem por isso. Queremos chegar a um público maior e fazer algo com integridade, à nossa maneira? Bem, isso queremos’”, contou.

Reznor revelou ainda que não fazia ideia que tinham cortado a sua performance a meio, até ter abandonado o palco do Staples Center, e que ficou envergonhado de ter convidado Lindsey Buckingham, dos Fleetwood Mac, para a atuação, que considerou ter sido desrespeitada.

“Portanto, lição aprendida. Se não o tivéssemos feito, teria ficado a pensar: ‘Bem, o que teria acontecido se o tivéssemos feito?’. Por isso, não me arrependo de o termos feito. Mas consideraria eu, em alguma situação, apadrinhar, de alguma forma, esse evento? Absolutamente, não”, rematou.