Oprah Winfrey ia ter um documentário aprofundado sobre a sua vida e carreira... até que decidiu que ninguém o devia ver.

Segundo o Page Six, a famosa apresentadora e empresária norte-americana entrou em conflito com o realizador do trabalho que estava pronto a estrear e não foi de modas: comprou à Apple TV+ os direitos para o colocar na prateleira.

O trabalho fazia parte de um contrato de junho de 2018 que terminou em setembro de 2022 para produzir programas para a plataforma de streaming.

Dividido em duas partes, o documentário agora efetivamente banido “narraria 25 anos de história americana através do olhar de Winfrey, que se ergueu de origens humildes para se tornar uma apresentadora de talk shows, produtora, atriz e filantropa famosa a nível mundial".

A trabalhar com Lisa Erspamer, produtora de longa data de Winfrey, estava Kevin Macdonald, um prestigiado realizador que ganhou um Óscar com "Munique, 1972: Um Dia em Setembro" (1999) e tem no currículo os também célebres documentários "Touching the Void" (2003), "Marley" (2012, sobre Bob Marley) e "Whitney" (2018, sobre Whitney Houston), além dos filmes de ficção "O Último Rei da Escócia" (2006), "Ligações Perigosas" (2009), "Essa É Minha Vida" (2013), "Mar Negro" (2014) e "O Mauritano" (2021).

“O Kevin fez o filme, mas a Oprah não gostou e ele recusou alterá-lo, e a Oprah devolveu os seus honorários à Apple”, resumiu uma fonte ao “Page Six”.

Um representante da apresentadora desmentiu esta versão, dizendo que ela decidiu que "não era a altura certa para fazer um documentário" e estava "grata pelo tempo e energia que colocaram no projeto" os "incrivelmente talentosos cineastas" Macdonald e Erspamer.

"Com o acordo com a Apple TV + a chegar ao fim, ela comprou os direitos da sua série documental e, desde essa altura, decidiu colocá-la em espera", explicou esta fonte.

O Page Six cita fontes da indústria que especulam que Winfrey teve de pagar milhões de dólares para conseguir o que queria, mas outra que estará por dentro do processo desmente que o acordo tenha chegado aos sete dígitos.

Seja qual for a versão, tratam-se de valores insignificantes para a carteira da apresentadora e empresária, com uma fortuna avaliada em 2,8 mil milhões de dólares no final de 2023.