Rosinha, cantora conhecida por temas como "Eu Levo no Pacote" ou "Tenho um Andar Novo", participou numa conferência sobre música pimba, na Universidade Nova de Lisboa. No arranque da tertúlia "Chá das 5", a artista frisou que não se incomoda pelas suas canções serem catalogados como pimba": "Nada diminuída e não me incomoda o rótulo que atribuem ao género de música que faço".

"Fica mal dizer que se gosta de música pimba, mas a pessoa até gosta (...) Socialmente, é desfavorável, é melhor dizer que se gosta de música de elites. Isto no inverno. Chega o verão, o pessoal despe-se, vai buscar uma ‘jola’, e aí já é na passarinha, é de gatas, é no pacote, tudo", defendeu Rosinha, segundo o Observador.

"Sempre lhe chamei música popular, porque isto tem uma origem. O pimba tem o ritmo da música popular, das nossas marchas e os nossos malhões", acrescentou.

Na tertúlia, a cantora explicou ainda que, por ser mulher, tem de alterar algumas expressões nas letras das canções.  "Acabo por dizer a mesma coisa que eles, só que de outra forma. Damos uma voltinha à letra e parece que eu não disse. Mas tem que se ter esse cuidado, sem dúvida alguma. Caso contrário, deixaria de ser conotada com o pimba e passaria a ser considerada pornochachada", sublinhou.

Rosinha editou o primeiro disco ("Com a Boca no Pipo") em 2007. "Eu Levo no Pacote", tema com letra de Páquito Braziel e Nuno Eiró, foi o primeiro grande sucesso da artista de Pegões, concelho do Montijo.