A banda australiana de hard rock tomou essa decisão devido aos problemas auditivos de Johnson, que se tornaram mais graves.

"Estou pessoalmente devastado por este facto, ninguém pode imaginar quanto. A experiência emocional que sinto agora é pior do que tudo o que já senti na minha vida", declarou Johnson, de 68 anos, em comunicado.

Esta é a sua primeira declaração pública desde que se confirmou o que muitos consideram sua expulsão da banda no mês passado, depois de o cantor ter sido informado por médicos que corria o risco de ficar totalmente surdo se mantivesse os planos de sair em digressão com os AC/DC.

Johnson, cujo estilo vocal distinto e rouco ajudou a definir o som dos AC/DC desde que passou a integrar a banda em 1980, após a morte do vocalista Bon Scott, disse que estava em tratamento médico e que esperava poder voltar aos palcos.

"Quero garantir aos nossos fãs que não estou perto de me retirar. Os médicos disseram-me que posso continuar a gravar em estúdios e pretendo fazer isso", destacou.

Johnson disse que tinha consciência dos seus problemas auditivos porque estava a lutar para ouvir as guitarras no palco, o que o atrapalhava para cantar, mas mesmo assim ficou surpreendido com o seu afastamento forçado.

A primeira aparição discográfica de Johnson com os AC/DC foi no famoso "Back in Black", de 1980, um tributo a Scott, que hoje é o segundo álbum mais vendido da história do rock a nível mundial, com cerca de 50 milhões de cópias.

Os AC/DC anunciaram no sábado que Axl Rose, vocalista dos Guns N'Roses, seria o seu novo vocalista na série de concertos programados para os próximos meses na Europa e nos Estados Unidos.

Pouco depois do anúncio, o guitarrista dos AC/DC, Angus Young, juntou-se de surpresa aos recém-reunidos Guns N' Roses no festival de música Coachella, nos Estados Unidos, para tocar "Whole Lotta Rosie", dos australianos.