“Ballad of Today” dá título à exposição do artista André Cepeda, com fotografias a cor e a preto e branco, em diversos formatos e modos de exposição, criando um corpo visual da cidade de Lisboa.

Com curadoria de Urs Stahel, “é uma longa caminhada contínua, através de uma cidade, a princípio hesitante, depois acelerada”, segundo um texto descritivo publicado no sítio ´online´ do museu.

Ao longo do dia e da noite, André Cepeda “parece seguir os cães, os vadios, o trajeto dos noctívagos e dos desempregados através dos canais de um organismo complexo que é a cidade”. “Silenciosamente, mas com uma atenção aguçada, com uma perceção que parece reunir olfato, tato e visão num só sentido amplamente abrangente”, refere ainda o texto.

Lisboa é a cidade para onde André Cepeda se mudou há dois anos, vindo do Porto, depois de passar os primeiros anos de vida na Holanda e a juventude em Coimbra, com algumas estadias na Bélgica.

O resultado deste projeto é descrito como uma “inquietante balada de uma cidade”, enquanto sistema urbano, da sociedade atual, da existência individual e coletiva.

“Ballad of Today” vem no seguimento dos seus projetos anteriores: “Depois” (2016), “Rien” (2012) e “Ontem” (2010).

Acompanhada por duas instalações sonoras produzidas em colaboração com Maria Reis e Gabriel Ferrandini, a mostra vai estar patente de 22 de setembro a 3 de janeiro de 2021.

Na mesma data, é inaugurada no MAAT a exposição “Festa. Fúria. Feminina – Obras da Coleção FLAD”, que assinala mais de três décadas da coleção de arte da entidade, constituída maioritariamente por obras de artistas portugueses.

São mais de 200 obras selecionadas a partir de 1000 que integram a coleção, representativas da cena artística portuguesa e uma geração de artistas “que preza a interdisciplinaridade”, segundo o texto sobre a mostra.

A exposição integra desenho, pintura, fotografia e escultura, combinando trabalhos de várias origens, períodos e contextos sócio históricos.

Com curadoria de António Pinto Ribeiro e Sandra Vieira Jürgens, a mostra ficará também patente até 3 de janeiro de 2021.

Em outubro, o MAAT vai inaugurar uma exposição que celebra os 20 anos dos Prémios Fundação EDP, nomeadamente o Prémio Novos Artistas e o Prémio Fundação EDP Arte, duas distinções que ao longo dos anos têm promovido o reconhecimento dos artistas em Portugal.

Esta exposição pretende constituir “uma homenagem aos artistas e à sua capacidade criativa, e uma oportunidade de pensar na ideia de contaminação entre artistas e obras”.

Com curadoria de Inês Grosso e Rosa Léu, a mostra ficará patente de 29 de outubro a 11 de janeiro de 2021.

Nos dias 1, 8, 15, e 22 de agosto próximo, decorrerá também no museu um programa de videoarte, em parceria com a Horta Seca, produtora do festival Temps d’Images ou FUSO – Festival de Videoarte Internacional de Lisboa.

Sob o mote da verdade, a curadoria será de Jean François-Chougnet, diretor artístico do FUSO e diretor do MUCEM (Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo); Tom van Vliet, fundador do World Wide Video Festival; Bernardette Caille, diretora editorial e curadora independente e Lori Zippay, diretora executiva da Electronic Arts Intermiex (Estados Unidos).

O MAAT vai ainda projetar, a 14 de agosto, o filme “Diamantino”, primeira longa-metragem de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, distinguida no Festival de Cannes de 2018 com o Grande Prémio da Semana da Crítica.

Será exibido em duas sessões, no âmbito da exposição “Melancolia Programada”, de Gabriel Abrantes, na Central.