
Neste seu romance, Muñoz Molina reconstrói os passos dos grandes caminhantes urbanos da literatura e da arte, através dos seus passeios em Madrid, Lisboa, Paris e Nova Iorque, e reflete sobre a beleza do mundo.
"É um devaneio que nos permite caminhar por estas cidades e em sonhos durante estes tempos de confinamento", disse a escritora e presidente do júri, Marie Darrieussecq, após o anúncio.
O Prémio Médicis para romance nacional foi atribuído a “Le Coeur synthétique”, de Chloé Delaume, enquanto o prémio de ensaio foi atribuído ao escritor norueguês Karl Ove Knausgaard por “O Fim — A Minha Luta: 6”, a sexta parte da sua série autobiográfica.
O Médicis é um dos poucos prémios literários mantidos em França neste outono, uma vez que tanto o Goncourt como o Interallié ou os prémios da Academia Francesa foram adiados enquanto se aguarda a reabertura das livrarias, fechadas devido ao confinamento imposto em França, desde sexta-feira passada e até 1 de dezembro.
O Médicis, como o Femina, que na segunda-feira distinguiu o último livro de Serge Joncour, "Nature Humaine", decidiu entregar os prémios como um gesto de apoio aos livreiros.
Com este gesto esperam que os leitores optem por reservar os livros e ir buscá-lo às suas livrarias, que oferecem serviços de recolha em loja, em vez de o comprarem na Amazon.
Comentários