
Nesta peça de dança e performance, segundo a programação, Florentina Holzinger faz uma reinterpretação do ballet de Balanchine e Stranvinski, inspirando-se nos 'freakshows' de Coney Island, em Nova Iorque, para questionar ideias feitas sobre o corpo feminino.
Em "Apollon”, a coreógrafa austríaca, juntamente com um elenco integralmente feminino, reinterpreta o ballet "Apollon Musagète", de George Balanchine, uma história patriarcal sobre o deus Apolo, que, nesta versão, é removido do seu trono.
Holzinger usa esta peça neoclássica como ponto de partida para "uma exploração impiedosa − tanto para o público quanto para as artistas − do voyeurismo, do culto do corpo, do sexismo e do génio artístico", segundo a sinopse.
Com uma estética que combina o 'freakshow' e a 'live art' dos anos 1960, o espetáculo oferece uma nova perspetiva sobre o fosso entre alta cultura e entretenimento popular.
A criadora explora, no seu trabalho, os diferentes modos de representação feminina, e questiona as normas estabelecidas da fisicalidade da mulher.
Florentina Holzinger nasceu na Áustria, em 1986, e estudou coreografia na Escola para o Desenvolvimento da Dança.
Em 2012, o seu solo "Silk" recebeu o prémio Jardin d´Europe no Festival ImPulzTanz.
É atualmente artista residente do Internacional Choreographic Arts Center, em Amesterdão, na Holanda.
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